O presidente Lula tem seguido sua participação política eleitoral mediante adoção do princípio democrático. E foram décadas de disputas, com resultados alternados de perdas e vitórias. Desde as participações sindicais teve que alçar voos, e em vários momentos, retomar o caminho no certame eleitoral. Acusado de radical pela visão estreita da política brasileira, persistiu no encontro com a vontade popular. Presidente da República pela terceira vez. Alguns segmentos chegaram a recrudescer desproporcionalmente o ataque a seu crescimento partidário, como liderança popular. Há quem não admita de forma alguma termos um operário de origem humilde e pobre, no mais alto posto na nação brasileira. E pela terceira vez. Talvez por isso continua o radicalismo, sem razão, no sentido de reduzir a solidez de sua força democrática, colocando em xeque a democracia como princípio de soberania da vontade social. Nesta hora os mesmos que atacam o resultado das eleições legítimas no Brasil, em atitudes repudiáveis e criminosas, resolvem estrategicamente cobrar posicionamento mais decidido em relação aos defeitos internos na Venezuela. Esquecem de avaliar o quanto tem sido importante a atuação de liderança do presidente Lula na preservação da democracia brasileira. Todos os moradores de nossa terra sabem dos atentados violentos e perigosos para a vida dos cidadãos brasileiros, nos atentados covardes contra a democracia conquistada arduamente pelo povo. Pois é! É óbvio que a situação da Venezuela é preocupante para todo o mundo democrático. Lula vem atuando estrategicamente no enfrentamento desse dilema protagonizado pela postura ditatorial de Maduro, possivelmente violando o sagrado resultado das urnas do país vizinho. Não basta aos que patrulham nosso presidente o gesto ponderado de atuação pelo restabelecimento da ordem eleitoral, salvaguardando a população em relação à situação caótica da guerra civil, num país num país combalido pela carência econômica e falta de liberdade. O Brasil busca diálogo entre a oposição venezuelana e o autocrata Maduro. Esse pessoal que ainda idolatra a ditadura militar de 64 e rejeita a democracia de nossa nação está cobrando posição mais enérgica de Lula em relação a Maduro. E quem sempre traio a democracia excita rompimento em relação a Maduro. Essa aspiração é falsa. Querem apenas precipitar os fatos e dividir a América Latina. É a estratégia de dividir para vencer “dividit et imperat”. Qualquer observador sabe que esta simulação não é mais que pregar “moral de cueca”.
Sílvio Santos
A morte de um dos maiores comunicadores do país mostra o quanto é necessário o sorriso, riso ou rizada para as relações pessoais e coletivas de um povo. Esse dom de se comunicar vendo as pessoas mais ou menos aflitas, com olhar e o vibrar da voz privilegiada que a natureza lhe deu, emissão valiosa da comunicação no campo do afeto. Seu trabalho incansável, coloquial, entregou uma voz em pendores, tornada compaixão. Mostrou que o sorriso franco, com arte, pode ser gesto fraterno de reconhecimento entre os humanos. Seu sucesso no empreendimento da comunicação, com eventuais favoritismos do próprio poder num período amargo da própria nação não se sobrepõe à virtude na arte lúdica. Sílvio viveu sorrindo junto com sua imensa audiência. Isso é muito bom e deixa saudade.
Transparência
Não parece justa a intransigência dos parlamentares diante da ressalva definida pelo STF, afirmando o princípio da transparência, no uso de recursos públicos no orçamento. As emendas parlamentares, segundo Lula, pela elevação exagerada, vêm “sequestrando” o orçamento destinado ao executivo. Deve haver o controle de projetos na sua execução, a começar pela transparência.
Indígenas
Brasileiros indígenas em todos os recantos do país, sofrem violência de exploradores de terras, águas, matas ou minérios. O crime organizado vai acumulando mortes de líderes da comunidade nativa e dos quilombos. Agora, finalmente, a Polícia Federal acaba de prender suspeito do assassinato em que foi morto o líder Lucas Karin-Sapuaiá, da terra Caramuru Paraguassu, na Bahia.