Passo Fundo – Porto Alegre
O ser humano chegou à Lua em 1969. Sim, há 55 anos foi estabelecida a ligação entre a Terra e a Lua. Já a ligação Passo Fundo - Porto Alegre e vice-versa, parece bem mais difícil. É quase uma utopia. Isso vale para terra, céu, água e trilhos. Vamos começar pelo mais difícil que seria uma inexistente, mas não impossível, ligação fluvial. Não há interesse ou os interesses escusos provocam desinteresse?
Já a estrada de ferro, que teve papel crucial no desenvolvimento regional, transformou-se em modal desprezado pelos tecnocratas e políticos. E, nunca podemos nos esquecer que, em 1980, havia uma linha com o confortável Trem Húngaro no percurso entra as capitais do Planalto e do Rio Grande do Sul. Ora, 44 anos depois o serviço já deveria ser feito por um trem-bala. Mas inexiste. Pior, pois o assunto saiu dos trilhos.
Pelo ar os ventos não ajudam muito. Ao contrário, muito atrapalham. Já tivemos no trecho, dentre outros modelos, o lendário DC-3 a pistão, o ATR turboélice e EMB-145 a jato. Tivemos, no puro indicativo do pretérito perfeito. Aliás, no mais-que-perfeito, tivéramos, pois ainda carregamos as ilusórias asas da saudade. Nesse caso, sabe-se muito bem, um dos fatores determinantes é a falta de um aeroporto em localização adequada, o que evitaria os onerosos cancelamentos.
Então, como única opção, resta o transporte rodoviário. Sim, na prática, os ônibus detêm um monopólio entre Passo Fundo e Porto Alegre. Mesmo com carros confortáveis, nem sempre a viagem é como desejamos. Agora, depois da grande enchente, os ajustes de linhas e horários ficou um tanto bagunçado. O sujeito compra passagem de viagem direta para Passo Fundo e perde um tempão, pois o ônibus para em um ou dois locais.
Concluo que é uma aventura ir de um ponto a outro com 289 km de distância. Já até a Lua são 384.400 km. E sem pedágios!
La Machine
Na noite de quinta-feira, 15, tive o privilégio de representar O Nacional no lançamento da nova linha 2008 Peugeot. As três versões expostas na La Machine ganharam um espetáculo de luzes e deslumbrados olhares. Um show de tecnologia embarcada brilhou no mesmo quilate do design, que mantém o charme francês da Peugeot. O diretor da empresa, Lawson Gambatto, nos detalhou as inovações do 2008. E a concessionária La Machine transformou-se num aconchegante salão de festas, com a música de Maiti e os irresistíveis acepipes assinados por Ricardo Menta. Très bien, Monsieur Lawson.
Agosto
Não sou muito dos ditados e superstições populares como, por exemplo, agosto mês do desgosto. Ou, ainda, se passar agosto segue em frente. Pois é... Mas lá se foram enfileirados Silvio Santos e Alain Delon. Por via das dúvidas, já marquei um checkup com o Dr. Hugo Lisbôa. Até porque, seguro morreu de velho.
Prevaricação?
Aquelas famigeradas bicicletas motorizadas continuam infernizando pela cidade. Os mal-educados motoristas persistem rodando com o som em volume estratosférico. Diuturnamente, enormes caminhões atravessam Passo Fundo com a maior tranquilidade. Parece-me que ninguém faz nada, pois os infratores multiplicam-se. Alguém deveria barrar essas irregularidades. Ou estão cegos e surdos ou prevaricam?
Batatas
Depois de um lendário Filé Bokão no Bokinha, encostei no Batatas. O Menor Palco do Mundo© recebeu um revezamento dos irmãos Rodrigo e Maurício Chaise. Ótimos como sempre e com um repertório cada vez mais refinado. O destaque da noite foi o baterista Eliéser Lemes que, como numa partitura, fez a leitura nas mãos que dedilhavam o violão. O batera não é fraco e há muito tempo bate o ponto no Batatas com Los Marias. Passo Fundo e seus talentos!
Pastelaria
Acreditem, ainda persiste o fedor da pastelaria aqui no térreo. Alho e cebola são os odores habituais, mesclados com fritura rançosa no ar e molho de tomates meio queimado. Parece-me que as leis ambientais passam despercebidas por aqui. Náuseas!
Centenário
Faltam 271 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
Maria Rita – Encontros e Despedidas