OPINIÃO

Teclando - 28/08/2024

Chinelagem

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Chinelagem

Quando a conduta das pessoas fica muito aquém do esperado, nos causa uma decepção. Nos últimos anos, enquanto estendo o olhar e dou ouvidos para mais longe, percebo que estamos em decadência. Isso, fique muito bem claro, não carrega preconceitos e nem é pregar moral de cuecas. É apenas um comparativo através da linha de conduta, postura e educação das pessoas que nos cercam. Próximos ou distantes, os seres humanos não estão fazendo por merecer o perfil de evolutivos.

Olha, observando com calma, aposto que estamos retrocedendo. Na concepção de sociedade, desandou a maionese. Na percepção individual surgem inusitados perfis escorados na conduta do ridículo. É claro que o esfacelamento das boas posturas está agarrado ao mau gosto. Ou péssimo gosto. Os valores sociais, que conhecemos de berço, despencaram no abismo da ignorância. Mudamos muito, num salto da erudição à imbecilidade.

Então, para reforçar essas palavras, vamos aos exemplos da decadência. Começa pela educação, aquela que vem dos bons exemplos dentro da própria casa. Isso, para quem ainda não sabe, chama-se berço! Depois, temos o ensino, um sistema esmigalhado por famigeradas ‘reformas’ que suprimiram o pensamento e nada acrescentaram. De casa para a escola, ainda passamos pelo cotidiano onde os exemplos podem ser bons ou ruins. Parece que a turma não é das melhores nesse quesito, pois a chinelagem está em evidência. Também temos a convivência à distância, onde a sociedade está emaranhada nas redes televisivas ou sociais.

A cada passo vemos e ouvimos porcarias. Os nomes mais salientes são inexpressivos e sem a bagagem carimbada pela boa conduta. Prevalecem o desrespeito às normas sociais, sertanojo na caixa, pessoas mal-educadas, falta de decoro e a finesse já evaporou. Enfim, a turma em destaque é o que podemos classificar como o mais puro caquedo. Avulsos, em bandos ou até em cargos públicos. Triste realidade. 

Renatão

Recebi uma mensagem do professor Renato Justi, dando conta de que passa por um momento muito delicado. Foi diagnosticado com um tumor no olho direito, que demanda um caríssimo e longo tratamento em São Paulo. Inicialmente, pensei que seria mais um golpe pelas redes sociais. Porém, em seguida Renatão mandou uma mensagem de áudio confirmando a veracidade. Assim, forma-se uma corrente para arrecadar um valor na faixa de R$ 60 mil para viabilizar seu tratamento.

Renato é figura carimbada em Passo Fundo. Filho dos saudosos Araci e Bruno Justi (fundadores da Padaria Cruzeiro), muito fez pelo esporte da cidade. Foi pioneiro na realização de competições como, por exemplo, o Inter-Granjas. Promoveu o nativismo e adora um chamamé. Nas escolas ou nas quadras, usou da criatividade para promover as atividades físicas. Agora, é o momento de a cidade retribuir. É simples. Basta fazer um Pix para 225.590.000-91 (CPF). Agora, quem está com o apito são os amigos. Vai dar certo, Renatão! Abraço.

Aeroônibus

Há algum tempo, foi anunciada uma linha de transporte coletivo regular entre o centro de Passo Fundo e o Aeroporto Lauro Kortz. Lembram-se? Pois bem, então, cadê a linha? Por que será que ainda não temos esse serviço? Enquanto isso, no aeroporto persiste uma verdadeira guerra entre taxistas e motoristas de ‘aplicativos’ na caça aos passageiros. Aliás, até hoje ainda não compreendo como um serviço que funciona por aplicativo pode pegar passageiro à unha? Está mais para aplique do que para aplicativo. Ora, assim como em Caxias do Sul e outras cidades, é normal a operação de transporte coletivo que atende aos aeroportos. E, para uma boa imagem da cidade, até deveria operar num molde executivo, com ar-condicionado e muito conforto. Passo Fundo merece.

JG

E lá se foi mais um colega. O sempre querido JG, que também assinava como José Sirdion Poitevin Gomes, foi icônico no rádio passo-fundense. Fora do microfone, defino JG como um cara divertido, amado pelos ouvintes, respeitado pelos colegas e um legítimo conquistador de amizades. Mas ao microfone era outro, como bem lembrou o Gerson Lopes aqui na Redação. “O cara se transformava diante do microfone”. Isso é profissionalismo e, no caso do Jota, com uma boa dose de talento. E não fica por aí, pois, do acetado à tecnologia de hoje, batalhou muito para conquistar um elevado patamar. Radialista raiz, amigo de coração.

Centenário

Faltam 264 dias para o Centenário de O Nacional.

Trilha sonora

Marisa Monte - Dança da Solidão

 

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