OPINIÃO

Teclando - 11/09/2024

Esses candidatos...

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· 3 min de leitura
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Esses candidatos...

Sábado, na feira do produtor, um senhor cumprimentou-me com direito a um forte aperto de mão e um imenso sorriso. Não me pareceu alguém estranho, mas também não encontrei sua ficha no meu arquivo. Segundos depois, caiu a minha ficha: deve ser candidato, só pode. Em anos de eleições municipais, quando circulamos entre um volume maior de candidatos, tudo é diferente. Um bom momento para uma análise muito além da pasteurizada propaganda eleitoral. Fico surpreso com as trocas de bandeiras, onde alguns foram de um extremo ao outro.

Há candidatos que disputam apenas para tentar um carguinho, fazer um agrado ou manter-se em evidência. Alguns aproveitam-se da licença remunerada para gozar uma espécie de férias, enquanto apenas desfilam pela cidade. Num olhar amplo e sem precisão científica, vislumbro mais interesses do que confiabilidade. Certa vez, teve até um sujeito que concorreu a vereador para ter uma espécie de álibi para apresentar à patroa. O pior é que colou!

Restam algumas posturas ideológicas e isso ainda nos dá um sopro de esperança na humanidade. Mas também surgem condicionamentos doentios, com viseiras laterais que impõem rumo único mesmo sem a bússola da lógica ou o GPS da razão. Temos os mesmos nomes de sempre e os estreantes. Candidatos vacinados e não-vacinados. Alguns, literalmente, sem vacina!

A briga pelo voto é grande. Assim, temos inocentes que já se consideram eleitos com uma votação espetacular. Outros, mais matreiros, fazem o jogo do difícil para disputar redutos com outras cobras criadas. Não sei de onde vem tanta grana, mas a poluição visual é grande e não faltam papeis pelas ruas. Temos situações folclóricas, mas também existem posturas respeitáveis. Porém, acima de tudo, está a importância do voto. É o gesto de igualdade para tentar salvar o coletivo. Por isso, a eleição é sempre muito salutar.

Corderito inolvidable

Os queridos Nica e Antônio Maria vieram da fronteira com um cordeirinho a bordo. Até dizem que, ao vê-los chegar na fazenda, lá em Uruguaiana, o instinto protetor das mamães-ovelhas arrebata seus filhotes para protegê-los das brasas. Aqui, já em forma de costela, carré, paleta e pernil, o borreguinho foi para o espeto. O Gerson Lopes, editor, fotógrafo, meio-campista e queimador de carvão, deixou cada corte no ponto ideal. Algo além de excepcional. Respeitando às tradições, só no sal, pois coisa boa nunca faz mal. Confesso, só parei de comer porque a consciência foi vigorosa e acordou a vergonha. Agora, imagino o ódio do Paulinho Mendrujo ao ler essa nota, pois, certamente, vai roer as unhas de raiva. Ah, de quebra tinha aquela maionese caseira da Nica. Sofre, Mendrujo!

 Remeleixo vs Embrapa

Ontem, conversei com o Aldemir Pasinato do Laboratório de Meteorologia da Embrapa. Não fiquei surpreso com nenhuma das suas sempre científicas respostas. Ocorre que, segunda-feira, encontrei o Remeleixo sentado à mesa na calçada do Borga. Pela posição em relação ao meio-fio, eu já sabia que teremos uma virada no tempo. Como estava no lado junto ao prédio, isso demanda de 36 a 48 horas para chover. O Pasinato disse o mesmo! Até desconfio que o pessoal da Embrapa, além dos instrumentos de precisão, também dê uma espiada no Remeleixo antes de elaborar as previsões. Mais um capítulo para a elucidativa saga meteorológica de Gilberto Cunha, “Meteorologia – Fatos & Mitos”.

Ditos e ditados

Passo Fundo tem ditos e ditados que atravessam fronteiras. Quem é do pedaço ou por aqui passou, entende perfeitamente o passo-fundês. Um dos mais recentes está relacionado ao cachorro que vive confortavelmente no meio da quadra da Netto entre Moron e Independência. O ditado é “mais folgado que o cachorro do Adamastor”!

Mesa Um

Após algumas baixas, a turma da Mesa Um do Bar Oásis começa a se recompor. Wiss Gabriel, Ênio Xó Gava e Juarez Azevedo estão entre os mais assíduos. Os comentários ao pé de ouvido e os ventos que vêm da Barragem de Ernestina, há um aroma muito característico do Rio Grande do Sul. Um cheirinho de brasa pingada com graxa. Será?

Pastelaria

Acreditem, até parece que as normas ambientais evaporaram, pois a pastelaria aqui embaixo continua exalando um fedor insuportável.

Centenário

Faltam, rasos, 250 dias para o Centenário de O Nacional.

Trilha sonora

Andrea Motis – Dança da Solidão


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