OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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Uma nova escalada de tensões emerge no Oriente Médio, no contexto Israel X Irã (e seus braços terroristas). Israel anuncia que envia reforços para o norte do país, na fronteira com o Líbano, provavelmente para o enfrentamento contra o hezbollah (este colunista não escreve nomes de grupos terroristas com letra maiúscula). Desde 2023 os terroristas do hezbollah intensificaram os ataques contra Israel, depois dos terroristas do hamas terem invadido o país. Diariamente, o grupo faz ataques com mísseis, forçando o sistema de defesa aérea de Israel. Nos últimos dias os aparelhos de comunicação (pagers e walkie-talkies) do hezbollah explodiram, matando terroristas e ferindo outros. Israel ainda não havia confirmado se isso teria acontecido por sua ação, por mais que possa ser possível. Ainda há incógnitas sobre as explosões.

 

Uma “nova fase” 

Conforme anúncio do Ministério da Defesa de Israel, a guerra toma uma “nova fase”, com potencial confronto com os terroristas do hezbollah, o que poderá mudar a conjuntura do Oriente Médio. De acordo com o ministério estão sendo deslocadas tropas para o norte do país. O hezbollah, presente no Líbano, é um dos braços terroristas que o Irã tem utilizado para enfrentar Israel, em sua estratégia de utilizar proxies. O hezbollah controla porções importantes do território libanês e é um grupo mais fortemente armado que o hamas, por exemplo, logo uma ameaça relevante que demanda uma estratégia e, neste momento, uma tática que consiga demover os terroristas de seu intento. Outro ponto a se considerar, para o reforço das tropas israelenses no norte do país é o comunicado de Netanyahu, que iniciará um processo de retorno dos residentes que tiveram de sair da conturbada zona que virou também um epicentro do conflito do país com o hezbollah. Para garantir que isso ocorra com segurança, será necessária uma importante ação militar.

 

Ameaças 

O Líbano chegou a solicitar uma reunião com a ONU, devido a escalada de tensões, uma vez que consideram que a explosão dos aparelhos eletrônicos dos terroristas do hezbollah ocorra antes de um eventual ataque, para aproveitar a falta de comunicação entre os terroristas. A questão é que do lado de Israel os terroristas são uma ameaça, e como tal, devem ser demovidos, para a sua própria segurança e de seus residentes. Também não é possível falar em cessar fogo, uma vez que os terroristas têm feito ataques constantes contra Israel.

 

Irã – o maior inimigo 

As ameaças que cercam Israel também atendem aos interesses do Irã, o regime ditatorial que tem como objetivo a destruição de Israel e da ideia de Ocidente que o país levanta no Oriente Médio. Após ter aderido ao BRICS, o Irã se junta com o eixo de regimes autocráticos que querem acabar com o regime ocidental. As ações recentes do Irã são embaladas por ditaduras como a China e a Rússia, que possuem o interesse na desestabilização no Oriente Médio, desde que isso atenda os seus interesses. Os próximos dias serão decisivos, com o reforço militar israelense. O Irã já se sensibilizou com as explosões dos aparelhos dos terroristas e se realmente for organizar algum tipo de resposta, isto traria ainda mais desafios ao Oriente Médio. O retorno dos residentes israelenses ao norte do país também passa a ser um considerável risco.


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