OPINIÃO

Teclando - 25/09/2024

Certezas e incertezas

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Certezas e incertezas

Desde pequenos, aprendemos a fazer o certo e jamais o errado. Mesmo assim, erramos muito durante nossa existência. Se fossemos 100% corretos atingiríamos a perfeição. Mas, como também somos erráticos, temos uma vida para filosofar entre as certezas e as incertezas. Quando há neurônios suficientes para o raciocínio lógico, nosso objetivo é pela escolha mais correta. Porém, é na hora da escolha que colocamos na balança as certezas e as incertezas.

As resoluções não permitem abstenção e suas consequências podem ser maravilhosas ou trágicas. São as decisões que o mundo exige de cada um. Escolhas simples como a cor da camisa, complexas quando envolvem sentimentos ou perigosas quando mexem no destino das pessoas. Certamente, as escolhas com maior visibilidade estão relacionadas às eleições. Não propriamente na disputa pelo poder, posição ideológica e muito menos ventagens pessoais.

É mais um momento da vida para balançar as certezas e as incertezas. Também não podemos cometer erros, pois, em caso de consequências negativas, o prejuízo será coletivo. Num voto não estamos apenas decidindo individualmente. Ora, além do nosso parecer individual, é um momento comunitário. Isso multiplica a dificuldade para chegarmos à melhor escolha. É hora de fazer valer o confronto das certezas com as incertezas. Obviamente, procuramos ser certeiros.

Ora, isso significa que as certezas têm um peso de maior potencial nessa equação. A convicção estará baseada no conhecimento. Sim, aquilo que já sabemos é uma certeza absoluta. Já as novas ilusões não têm o mesmo chão e tornam-se incertezas. Certos ou errados, certamente buscaremos pela decisão certeira. Entreverados em meio às certezas e às incertezas, decidiremos.

 Cabos eleitorais

Estava convicto de que cabo eleitoral teria hífen. Mas não tem. Certamente, porque hífen é um traço de ligação e a maioria dos cabos que andam por aí estão desconectados ideologicamente. Pelo que observo, acredito que quase a maioria dos que desfilam com bandeiras por aí são pagos. Alguns, inclusive, até sobrevivem da sazonalidade eleitoral e, de dois em dois anos, garantem uma grana extra. E grana extra, como tem apenas vínculo monetário, também não leva hífen. Há, é claro, militantes de carteirinha que seguem suas posturas ideológicas. Mas e os pagos? Será que votam no candidato estampado na bandeira que carregam?

Aniello D’Arienzo

Há muitos anos, comentei com o amigo Aniello D’Arienzo que havia muitos carros com adesivos de certo candidato. Matreiro, conhecedor das entranhas e das saliências da complexidade eleitoral, Aniello sentenciou: “carro não vota”! E estava certo, pois o mais adesivado ficou na rabeira. Mas, é indiscutível, a visibilidade pode atrair votos. E a visibilidade não é de graça. Tem um custo, não apenas de material, mas, ainda, dos locais onde os nomes forem adesivados. Fica apenas uma dúvida: será que os motoboys não cobram nada para desfilar com adesivos eleitorais? E esses valores também serão apresentados na hora de passar a régua junto à Justiça Eleitoral?

Molho inglês

Lea & Perrins é o legítimo, o genuíno molho inglês. Comprei-o pela primeira vez no início dos anos 1970, nas Casas do Óleo, na Zona Franca de Manaus. Depois, em 1979, encontrei o original Lea & Perrins no setor de importados que havia no segundo andar do Zaffari da Uruguai. Uso e abuso do bom condimento que dá fama e fleuma ao bife inglês. Após as restrições logísticas da enchente, dia desses o Lea & Perrins sumiu das prateleiras do Bourbon. Informei pelo app. No dia seguinte recebi um telefonema da Companhia Zaffari informando que o produto logo será reposto. Isso, sim, é tempero de qualidade e com respeito ao cliente.

Pastel

El mal olor de la panadería persiste.

Centenário

A fumaça vinda das queimadas indica que faltam 236 dias para o Centenário de O Nacional.

Trilha sonora

A dica é do Dr. Ivo Oliveira de Sousa, o Oliveira Júnior com quem tive o privilégio de dividir o microfone.

Augustin Hadelich – Por Una Cabeza


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