Pepino
Não bastasse os pepinos do cotidiano e ainda compramos mais pepinos. Aos sábados, vou à feira de orgânicos na Praça da Mãe onde encomendo ovos coloniais para a Cleo e o Greiço Farikoski. Também trouxeram de Três Arroios pequenos pepinos para conserva que atiçaram meu espírito compoteiro. Sim, as compotas, conservas, embutidos e o bacalhau são resultados da necessidade de a humanidade conservar alimentos sem refrigeração. É claro que a gauchada largou na frente com a invenção do charque e isso nem se discute!
Agora, estamos na safra do pepino, que é primo da melancia, sobrinho do melão e tio de muitas abobrinhas. Enquanto uns descascam seus pepinos, outros fatiam. Eu apenas conservo. Minha Mãe, mesmo não gostando muito de uma cozinha, fazia excelentes conservas. Ora, pensei, isso é uma barbada. O primeiro vidro preparei com vinagre mesclando ingredientes disponíveis, como grãos de mostarda, endro e coentro. Tamanho esmero que imaginei em superar a qualidade dos famosos pepinos em conserva húngaros.
Mas, como pepino nunca é demais, no sábado seguinte peguei alguns um pouco maiores. Os pepinos para salada permitem a fabulosa fermentação com sal e folhas de parreira, que resulta num excelente probiótico. Então surgiu um pepino: onde encontrar as folhas de parreira? No Oásis, a Nina lembrou ter visto numa entrada ao lado da antiga Rayon. Ali está a Lú Modas, onde bati um agradável papo com a Lú e João Penz. Em seguida, atenciosamente, eles cederam as folhinhas.
Enquanto isso, no domingo surgiu outro pepino cotidiano quando provei a primeira conserva. Muito saborosa, mas excessivamente salgada. Isso, para alegria do Marco e do Joelson Zandoná, da Disfonte, pois pepino salgado demanda em mais chope. Agora, vou aguardar para conferir a fermentação em folhas de parreira. Espero que desta vez não dê nenhum pepino. Ou estarei, literalmente, empepinado.
PPP
Sempre houve polêmica em relação ao que é público ou privado. Lembro que aplaudimos o Brizola quando estatizou multinacionais para criação da CRT e da CEEE. Depois, houve uma febre privatizadora e lá se foram telefone, luz e estradas. Agora, a moda são as PPP – parcerias público-privadas. Nesse quadro se encaixa o Aeroporto Lauro Kortz. Hoje, o Estado paga para uma empresa pública federal administrar o terminal. Ainda fará investimentos para formalizar uma PPP. Como todo bom negócio, deverá ser proveitoso para as duas partes. Porém, quando o ônus fica com o público e o bônus com o privado, a parceria tem outro nome: privataria. Tomara que isso não ocorra em relação ao aeroporto de Passo Fundo. Espero que prevaleça o interesse público.
Centenário I
No Jornal, aquilo que nasce na redação tem destino final quando a tinta marca o papel. Sim, a equipe do parque gráfico é quem dá o último toque no produto final. Muitas vezes, a turma da chamada oficina salvou a turma da redação detectando alguns errinhos. O campeão nisso sempre foi o Abelino Campos, com um olhar aguçado e, ainda, com soluções mágicas para a correção. Até títulos ele mudou passando uma borracha sobre a chapa já disposta na rotativa. Ou, ainda, com alguma gambiarra diretamente na blanqueta. Não faltam histórias do nosso Professor Pardal.
Centenário II
Outro ícone das artes gráficas é Mauro Nodari. Tipógrafo, engenheiro mecânico e artista plástico, está sempre atento às páginas de O Nacional. Muitas vezes ele solucionou o que as equipes vindas de São Paulo não resolviam. Pois bem, agora o Mauro está salvando a minha pele. Acompanhando a contagem regressiva para o Centenário de O Nacional, detectou um erro. Mandou o recado que eu havia engolido um mês de 31 dias na contagem. Dito e feito. Refiz os cálculos com direito a prova dos nove e contei dia por dia. Então, devidamente corrigido, faltam 211 dias para o Centenário de O Nacional. Muito obrigado, Mauro. Forte abraço!
Pastelaria
Continua o mau cheiro exalado pela pastelaria aqui embaixo. Nunca é demais lembrar que quase todos os estabelecimentos da área de alimentação já instalaram filtros de acordo com a legislação ambiental. Ora, a lei é para todos!
Vale essa
Lembram do vergonhoso caso Proconsult, nas eleições do Rio em 1982, quando uma arapuca da computação tentou roubar a eleição do Brizola? Pois bem, aqui a contagem não tem “diferencial delta”. Números atualizados e, agora, faltam 211 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
Peppino Di Capri – Roberta