OPINIÃO

Teclando - 27/11/2024

Condicionalidade gaudéria

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Condicionalidade gaudéria

Parece que já não temos mais tempo para pensar no tempo que passa. Aliás, nem dá tempo de pensar. Tem lógica, pois, a cada dia que passa, o tempo anda mais rápido que o pensamento. Ou, em resumo da questão, os dias evaporam, as semanas desaparecem, os meses voam e os anos encolhem. Não quero desafiar as leis da física ou entrar numa discussão quântica. Isso, obviamente, por falta de tempo.

A minha teoria não é propriamente a da relatividade, mas anda perto porque faz um paralelo entre velocidade e passagem do tempo. É uma espécie de condicionalidade gaudéria do tempo que segue a galope. Sem teoremas, sem teorias e com pouca frescura. O enunciado está na própria resposta. Ou vice-versa? Tem por base um simples calendário e uma boleadeira. A proposição segue regras básicas e, assim, o estudo começa em 1º de janeiro. Por se tratar de algo científico, obviamente depois do porre de Réveillon.

Não há tempo sequer para a ressaca, pois já será dia 2. Janeiro termina antes de nos darmos conta que é um mês atípico. Fevereiro acaba em carnaval. Em março o ano iniciaria, em abril tem ovos, não tem ovas e comemos bacalhau. Maio é apenas um respiro antes dos gêmeos Junho e Julho. Agosto, cá entre nós, não tem gosto. Já setembro é um espirro alérgico antes de outubro. E, atenção, pois novembro vai acabar no próximo sábado. Então, em dezembro correremos como loucos atrás do tempo perdido.

É tudo tão rápido, porque no meu palato ainda borbulha o brinde de 1º de janeiro. Então, de acordo com a condicionalidade gaudéria, interpreto que isso ocorre por ação direta do minuano. Sim, nosso vento está empurrando o tempo que gira como boleadeira e nos derruba diante do próprio tempo. Assim, chegamos à conclusão do enunciado: o minuano sopra e o tempo voa.

Ilegalidade I

O que vejo de carros ostentando luminosos de aplicativos, como Uber e 99, é um exagero. Não entendo o porquê, pois carros de aplicativos, fazendo jus ao nome, só podem ser acionados através de apps. Ora, mesmo com luminosos no painel não podem ser abordados nas ruas para uma corrida. Também não podem interpelar passageiros na área de desembarque do Aeroporto. No entanto, quem desembarca no Lauro Kortz encontra uma multidão de supostos “motoristas de aplicativo” com plaquinhas. Isso é legal? São de fato motoristas vinculados a uma plataforma legalizada? Ou tem gente por lá “fazendo Uber” como bico?

Ilegalidade II

É necessário lembrar que se a viagem não for acertada através de uma plataforma é ilegal. Assumem a condição de táxis clandestinos. Não é aplicativo. É aplique! A situação pode ficar ainda mais grave no caso de um acidente, assalto ou até sequestro de um passageiro. Ora, quando o serviço é legalizado como nos táxis e plataformas credenciadas, carros e motoristas são identificados. Está mais do que na hora de fiscalizar e coibir essa ilegalidade. Basta abordar carros com luminosos e plaqueteiros no aeroporto, para que prevaleça a legalidade e a segurança.

Secretários

Na estruturação do novo secretariado municipal, alguns dos atuais secretários assumirão outras pastas. É uma transição caseira, facilitada pela boa convivência entre aqueles que já trabalham juntos. É o caso do procurador Adolfo de Freitas e do secretário de Desenvolvimento, Diorges Oliveira. Adolfo vai para a do Desenvolvimento enquanto Diorges segue para a do Meio Ambiente. Na semana passada, os dois aproveitaram o horário de almoço no Restaurante Franz para uma discreta reunião. Papéis à mesa, Diorges passou algumas informações sobre os andamentos da pasta para Adolfo. Jogo rápido, pois as peças já estão bem entrosadas.

Pastelaria

Persiste o mau cheiro que vem da pastelaria aqui embaixo. Uma fiscalização ambiental é bem-vinda.

Centenário

A tecnologia chegou! Para a contagem regressiva agora tenho uma planilha em Excel, elaborada pelo amigo Ivo Sousa. Automaticamente, ela indica a quantos dias estamos do Centenário de O Nacional. Que barbada. Agora, faltam 204 dias.

Trilha sonora

Com o deslumbrante visual do Vale do Dourado, em Erechim, Neco Flores manda mais uma bela dica:

Disturbed - The Sound of Silence


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