Enaltecer em vida
Fiquei surpreso ao conhecer parte do conjunto da obra social do empresário Pedro Brair. Segunda-feira, ele recebeu a Medalha Grão Mérito Fagundes dos Reis em distinção da Câmara de Vereadores. Ora, nada mais justo para um empreendedor que projeta Passo Fundo através da sua imensa rede de farmácias. Certamente, porque com mais de 1.100 lojas já é destaque nacional no segmento. Ou, ainda, por ter 22 mil colaboradores na São João. Até aí seria uma justa homenagem ao seu empreendedorismo.
Porém, a importância da imensa rede de farmácias foi ofuscada pelo próprio Pedro Brair. Sua conhecida veia empreendedora ficou em segundo plano diante do seu espírito filantropo. Isoladamente, eu já tinha conhecimento de algumas de suas importantes ações na vida comunitária. Mas nunca imaginei um leque tão imenso, que passa pelo esporte para crianças carentes e vai às mazelas hospitalares. Da enchente trágica aos casos isolados, ele entrou em cena para aplacar sofrimentos.
Após a solenidade, estive ao lado do Dr. Dárcio Vieira Marques em imensa e agradável recepção na chácara do homenageado. Pedro Brair, mais que um anfitrião, era pura felicidade correndo de um lado para o outro. As poses para fotografias davam fôlego à voz rouca e carregada de emoção. Nos contou que necessitava de muito mais tempo para relatar sobre todas as suas intervenções sociais. Então, o ser humano colocou no bolso o empreendedor.
Assim é o salutar convívio social onde enaltecemos aqueles que têm brilho próprio. As homenagens em vida são importantes, pois uma massagem no ego nunca é demais. Faz bem para todos, inclusive para Pedro Brair.
Chapéu alheio
Tem uns por aí que se especializaram em anunciar qualquer coisa pública ou com dinheiro público. São, na prática, as famosas obras abstratas, projetos em elaboração, remendos ou até megalomanias. Na realidade, apenas ganham espaço na mídia. No mesmo tipo de conduta, ainda desenterram o que estava no esquecimento. Pior ainda é quando provocam gargalhadas com a ressurreição de arcaicas promessas. Consequentemente, buscam projeção política falando sobre a coisa púbica. É bem aquilo que podemos classificar como fazer favor com o chapéu alheio.
Gildo Flores
Na semana passada, tive o privilégio em conviver com os queridos irmãos Carlinhos e Juliano Flores. São filhos de uma lenda do rádio gaúcho, Gildo Flores, que aos 93 anos reside em Caxias do Sul. Nossa agenda começou em belo papo no Bokinha e foi finalizada com um encontro de antigos radialistas. Numa volta pela cidade, visitamos o Sport Clube Gaúcho, onde Carlinhos foi recebido pelo gentleman Glênio Cordeiro. Antes, porém, Djiovan Carvalho, presidente do Instituto Histórico, esteve em Caxias para colher um longo depoimento de Gildo. Ficaram amigos e o IHPF foi premiado com muitas relíquias, inclusive o álbum de fotografias do radialista. Gildo, em sua metódica rotina, acompanha as páginas de O Nacional. Abraço!
Ansiedade
Dezembro, apenas sendo dezembro, deixa a respiração ofegante e mexe com o sistema nervoso. Por ser o último mês do ano, é sempre de muita correria. Isso significa pura ansiedade. No trânsito as pessoas já estão mais nervosas, isso que estamos apenas nos primeiros dias de dezembro. Lá pelo dia 20, começa a insaciável correria que antecede às festas. Ainda bem que a partir da noite de 24 o espírito natalino chega para refrescar as pessoas com belas doses de fraternidade.
Pastelaria
Além das minhas já prejudicadas narinas, parece que ambientalistas já farejam o mau cheiro que vem da pastelaria aqui embaixo.
Centenário
Faltam 197 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
David Bowie & Pat Metheny Group - This Is Not America
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