Tiro uns dias de férias. Contudo, para manter o interesse daqueles que me dão a honra da leitura, publicarei algumas colunas que me pareçam mais interessantes. Meus mais sinceros agradecimentos aos meus leitores. E que todos tenham um feliz 2025 junto com seus queridos. Estou lendo aqui n’O Nacional que o Pai Carlos Magno está dizendo que o ano que se aproxima será “um ano para varrer as maldades e gerar boas energias sob o manto da paz”. Tomara que ele esteja certo.
DEDICAÇÃO AOS LIVROS
Essa coluna pretende se dedicar aos livros. Citações de livros sobre os temas mais variados. Entretanto, outros assuntos que pareçam informativos, esclarecedores e, principalmente, instigantes, que provoquem cérebros sonolentos, também serão incluídos.
LUZ EM NOSSA CAVERNA
Não deveríamos ficar constrangidos em citar cientistas, filósofos e pensadores em geral, a não ser que se faça isso para mostrar uma tola presunção, que não serve para muita coisa, a não ser impressionar alguns espíritos incautos. Referindo-se à metáfora de Platão, Allan Bloom (1930-1992), filósofo americano, elogia os livros porque eles iluminam nossa caverna e diminuem nossa cegueira.
UM ANÃO NOS OMBROS DE GIGANTES
Não alimento a tola esperança de competir com gênios como Thomas Hobbes, Adam Smith, Karl Marx, Raymond Aron, Steven Pinker, dentre tantos outros. Entretanto, podemos ler seus livros. Assim, como um anão nos ombros de um gigante, posso enxergar mais longe do que minha “altura” permite. Carl Sagan (1934-1996), cientista, disse que Demócrito, o filósofo atomista grego, era um de seus heróis. Mas que ele sabia mais do que Demócrito, porque tinha uma vantagem que ele não tinha: haver entre ele e o pensador grego 2.500 anos de cientistas.
PROTEÇÃO CONTRA A MEDIOCRIDADE
Raymond Aron (1905-1983), um dos mais importantes sociólogos do século XX, dizia que entabular um diálogo com os grandes espíritos era uma forma dele se proteger contra a mediocridade. E que deveríamos estender esse diálogo aos estudantes. “Acho que os estudantes têm necessidade de admirar, e como normalmente não podem admirar seus professores, ou porque estes são examinadores ou porque não são admiráveis, é preciso que admirem os grandes espíritos, e que os professores sejam precisamente os intérpretes dos grandes espíritos junto aos estudantes”. (Raymond Aron, O Espectador Engajado)
CENTENÁRIO D’O NACIONAL
Enfim, tal como Viscount Samuel (1870-1963), “não importa qual fosse o livro que eu estivesse lendo, adquiri o hábito de anotar por escrito sentenças isoladas ou passagens curtas que me parecessem dignas de atenção. Fazia isso tendo em vista o meu próprio uso ou simples desfrute (...) até que mais recentemente me ocorreu que pelo menos parte dessas citações – já na casa dos milhares – poderia despertar o interesse de outras pessoas.” Daí essa coluna que passo a publicar n’O Nacional, esse jornal que é um orgulho para nosso município e região, e que estará comemorando seu centenário no ano que começa amanhã. Estou feliz em voltar às suas páginas.