Os centenários
Nunca escondi meu bairrismo em termos de mídia e, ainda, minha predileção pela qualidade. Sobre a qualidade, há um enorme divisor de águas entre o bom e o mau gosto. Já sobre o bairrismo, em visão grotesca até pode ser uma ignorância xenófoba. Porém, também é uma necessidade para preservarmos os valores de nosso meio.
Há meses, a expressão ‘centenário’ está na boca dos passo-fundenses. Obviamente, atrelada ao Centenário do Jornal O Nacional. À exceção de privilegiadas pessoas centenárias, toda população de Passo Fundo nasceu enquanto O Nacional já estava em circulação. Porém, agora, ouço falar em outro centenário bem distante daqui. São os 100 anos do Grupo Globo. Na verdade, o centenário é do jornal O Globo. Entre cá e lá, há muitas diferenças.
E, ao som da batida de esporas, Passo Fundo não pode perder para o Rio de Janeiro. Então, saibam que o primeiro exemplar do jornal deles circulou no dia 29 de julho de 1925 e, portanto, 40 dias depois de O Nacional. Assim, xenófilos de plantão contenham suas histerias e respeitem nossa história. É claro que não estou equiparando patamares exponenciais com o maior conglomerado de mídia do país. Estou simplesmente colocando os pingos nos is.
Isso se faz necessário diante da submissa reverência que algumas almas pobres ainda prestam à geradora de uma afiliada de rede nacional. Ora, não fiquem naquela posição de Napoleão perdendo a guerra. Olhem para a proximidade, tenham orgulho do chão onde pisam, do ar que respiram e do jornal que leem. Respeitem nossa história, pois a sua também está atrelada a ela. Assim, em 19 de junho, vamos todos juntos comemorar o Centenário de O Nacional.
O aeroporto
Na vida pública, depois das encampações vieram as privatizações. Mais recentemente, surgiram as PPPs – Parcerias Público-Privadas. E é por esse escaninho burocrático que encaminham uma espécie de privatização do Aeroporto Lauro Kortz. Dia desses, escapou um gemido vindo de uma dessas chocadeiras de pilantragem da modernidade. Pelo que ouvi, já haveria uma empresa “local” tomando posse no aeroporto. Nessa delicada associação do público com o privado, a tendência é de o privado sair ganhando e o público pagando a conta. Se assim for, então, de fato, será uma Privataria Público-Privada.
Os alto-falantes
Gradativamente, a fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente está abafando os inconvenientes alto-falantes na porta de lojas. Porém, infelizmente, a péssima educação de alguns persiste. Acredito que por pouco tempo. Agora, sob o comando do secretário Diorges Oliveira, a Sema deverá intensificar ainda mais o combate às irregularidades, qualificando a cidade e exigindo o cumprimento das leis. Nossos ouvidos agradecem e o meio ambiente respira.
O Brizola
O tempo passa, mas a lembrança do Brizola não apaga. Depois de muitos anos de pesquisa, sua biografia elaborada por Cleber Dioni Tentardini está no prelo. “No Fio da História – A Vida de Leonel Brizola” será lançada em março. As vendas, em pré-lançamentos, oferecem descontos e já podem ser feitas. Confira a promoção pelo e-mail [email protected]. Na longa e minuciosa investigação, Cleber também passou por Passo Fundo. A obra promete. E, mais uma vez, repetiremos que o Brizola tinha razão.
A pastelaria
Enfim, temos uma Borregaard em Passo Fundo. É a fedorenta pastelaria aqui embaixo. Estabelecimentos similares já instalaram equipamentos para eliminar o mau cheiro. É lei. Então, basta fiscalizar e fazer cumprir.
O trenzinho
Antigamente, a moda era brincar de autorama na Transbrasiliana. Agora, voltou aos trilhos o velho Ferrorama.
Os incorrigíveis
Os golpes mudam, mas, geralmente, os golpistas são sempre os mesmos.
O Centenário
Faltam 162 dias para o Centenário de O Nacional.
A trilha sonora
ESTL (Estelle) - Voyage Voyage