OPINIÃO

Teclando - 06/03/2025

Carnaval, chope e ossos

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Carnaval, chope e ossos

Se oficialmente o Carnaval não é feriado, convencionalmente é um imenso feriadão. Desde sábado, a cidade esvaziou e paralisou. Muitos restaurantes fechados num autêntico recesso gastronômico. Na segunda-feira, acredito que a metade do comércio não abriu as portas. Na chamada Terça-Feira Gorda, raras portas abertas e as calçadas ficaram vazias. Mas e o como anda o Carnaval na concepção de festa popular?

Já não temos mais os encantos de nosso carnaval de rua. Os salões do Comercial abriram em duas tardes para o carnaval infantil. As lindas fantasias dos pequenos demonstram que, se a festa de Momo anda em baixa por aqui, não atingiu o ânimo da gurizada. Para os mais crescidos, o carnaval não teve rua, nem clubes e nem as grandes festas de blocos. Houve exceções, como o concurso de fantasias do Batatas.

Fora disso, o Carnaval de Passo Fundo foi em frente da televisão. Mas a turma que gosta da alegria também montou a própria folia, em casa mesmo, em família e com amigos. E vale a festa com brincadeiras, fantasias improvisadas e os indispensáveis comes e bebes. Foi nesse bloco que entrei, recebido pelos queridos Nica e Antônio Maria. Galeto no fogo e um chope da Brahma gelado para enfrentar os números do termômetro.

E, de quebra, já no domingo teve a antecipação do enterro dos ossos. Sim, enterramos os ossos do assado de tiras, um corte excepcional do Volnei que comanda o açougue no Zaffari do Bella. Acredito que o somatório de carne e chope também significa carnaval. Se aumenta a nostalgia pelos velhos carnavais, a alegria verdadeira da alma carnavalesca ainda está em todos nós. Mas, atenção, agora, é Quaresma. Comportem-se!

Brizola no Bokinha

Brizola chega a Passo Fundo este mês, desta vez em forma de livro. Será no Bokinha, um local histórico que abre espaço para a história de Leonel Brizola. É o lançamento em Passo Fundo da obra “No Fio da História, a Vida de Leonel Brizola”, com direito à sessão de autógrafos do autor Cleber Dioni Tentardini. O livro vai além daquilo tudo que já conhecemos sobre Brizola, pois traz fatos inusitados e até pitorescos. É o fruto de um trabalho de mais de 20 anos de pesquisas, que incluem minuciosa prospecção aqui por Passo Fundo. O lançamento no Bokinha será no próximo dia 20, das 18h30 às 21 horas. Lá estarei, até porque o Brizola tinha razão.

Os ovos chegaram

Mal acabaram as cerejas do final de ano e já temos sinais do Coelhinho da Páscoa. Sim, os ovos estão voltando. Terça-feira de Carnaval começou a montagem das estruturas para expor os ovos de páscoa. Na prática, são túneis com chocolate em lindas embalagens coloridas. Tenho curiosidade em saber o que vende mais em datas festivas. Aposto que os ovos vendem o dobro do que os panetones de final de ano, mas o peru e similares chegam perto. Ah, é claro, os espumantes espocam em todas as festas e, certamente, lideram as vendas.

Jamantão

Sábado, 14h30, uma enorme carreta desfilou pela Avenida Brasil, no percurso Boqueirão – Petrópolis. Lembrei-me que nos tempos de piá achávamos imensas as jamantas de cinco eixos. Essa que atravessou Passo Fundo tinha 9 eixos e, como constava na lona, 26 metros de comprimento. Sim, 26 metros! Isso significa um quarto de uma quadra. Será que não tem aviso proibindo o acesso pela área central? Ou, como bem explicou o Dr. Arruda neste espaço, será que avisaram o Google e Cia que a Brasil não é uma rodovia? Algo deve ser feito.

Aeroporto

A suposta turma dos aplicativos continua fazendo horrores lá pelo Aeroporto. 

Pastelaria

Nem mesmo no Carnaval o fedor da pastelaria aqui embaixo deu um fôlego.

Centenário

Enquanto a Transbrasiliana não é asfaltada, faltam 105 dias para o Centenário de O Nacional.

Trilha sonora

Em 1979, os amigos Pedro Martins Dóro e Luiz Carlos Rech faziam milagres nas montagens da Planalto. Esta é uma das músicas que renderam belas e marcantes chamadas.

Electric Light Orchestra - Last Train To London


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