Professor que teve as mãos queimadas em assalto depõe hoje

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Deverá ser ouvido hoje o professor universitário Paulo Roberto Lopes Pimentel, de 47 anos, que teve as mãos amarradas e queimadas por dois assaltantes na madrugada da última segunda-feira. A investigação do caso foi assumida pelos agentes da 1ª Delegacia de Polícia, sob o comando da delegada Daniela de Oliveira Mineto, titular da DP. O professor chegou a ser procurado ontem para depoimento, mas alegou não ter condições de falar. Segundo Daniela, ainda é difícil apontar suspeitos da autoria do crime, mas o fato de terem agido com tamanha brutalidade chama atenção.

O caso

A vítima estaria abrindo o portão de casa, na rua General Osório, vila Luiza, quando foi surpreendida por dois homens, ambos armados e usando capacete, que anunciaram o assalto e obrigaram a embarcar no banco traseiro do veículo. Enquanto um dos criminosos dirigia o veículo em direção ao bairro Boqueirão, Pimentel era mantido sob ameaça de um revólver.

Os assaltantes pararam o Jetta próximo ao trevo da Caravela, na saída para Ernestina, e amarraram os braços do professor, exigindo dinheiro. A vítima informou que não possuía nenhum valor, e teve as mãos queimadas como represália. Os criminosos voltaram para dentro do carro e fugiram pela ERS-324 em direção ao bairro Jaboticabal. Pimentel foi deixado na rodovia e foi socorrido por uma guarnição da Brigada Militar. Os policiais chegaram a indagá-lo sobre o que havia acontecido, mas a vítima, em estado de choque, não conseguia responder. Ele só pôde registrar a ocorrência depois de receber atendimento médico no Hospital São Vicente de Paulo, de onde foi liberado antes do amanhecer.

Carro é encontrado queimado

Pouco depois das 9h, por meio de uma denúncia, os policiais militares encontraram o Jetta completamente queimado, abandonado na chamada estrada do Engenho Velho, situada às margens da RST-153, próximo ao Instituto Champagnat. O carro só pode ser identificado porque parte do vidro traseiro, onde estava impresso o chassi, não se quebrou. Todo o resto, inclusive os pneus, foram destruídos pelo fogo. A suspeita é que os criminosos queimaram o veículo como forma de intimidar a vítima e para apagar qualquer vestígio que pudesse ser usado pela perícia na identificação.

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