Eder Calegari/ON
Um homem foi preso na manhã de ontem quando tentava jogar um pacote contendo drogas e objetos, para dentro do pátio do Presídio Regional de Passo Fundo, no bairro São Luiz Gonzaga. Um segundo de 18 anos, também foi detido nas mesmas circunstâncias na tarde de segunda-feira, (15).
Depois de receber uma denúncia anônima, o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar realizou buscas nas imediações do presídio durante a manhã de ontem. Por volta das 10h30, um suspeito foi localizado. Trata-se de um garçom de 28 anos, morador do bairro Petrópolis, que estava com um pacote para ser arremessado no presídio.
Ao perceber a viatura da polícia, o acusado tentou fugir, mas foi detido em seguida. Com ele a polícia apreendeu 16 pedras de crack, três aparelhos de telefone celular, um chip e um carregador. O material estava envolto em espuma dentro de uma luva de lã, acondicionado em uma meia.
O acusado foi levado para a delegacia onde prestou depoimento e foi recolhido ao presídio. Segundo informações, ele já possuía passagem na polícia por crimes de posse e tráfico de entorpecentes.
Caso semelhante
Na tarde de segunda-feira a Brigada Militar prendeu o acusado de 18 anos, que é morador do bairro São Luiz Gonzaga. Segundo a polícia, ele havia jogado quatro garrafas contendo cachaça, para dentro do pátio do presídio. Duas delas acabaram ficando sobre o telhado de uma galeria.
Ao realizar buscas, o jovem foi localizado e preso em flagrante. Ele estava com um tijolo de maconha pesando mais de cem gramas, e que estava escondido na cintura.
Medidas preventivas
Segundo Marco Antônio da Silva, diretor do presídio, o problema do arremesso de material para dentro do pátio é histórico. "Algumas barreiras já foram criadas para coibir a prática. A instalação de telas o redor do muro foi uma das medidas" destacou.
Devido ao aumento de ocorrências, a fiscalização em torno dos muros foi intensificada e a Brigada Militar aumentou o patrulhamento com viaturas nas proximidades. Um projeto para cobrir todo o pátio do presídio, onde permanecem os presos durante os horários do banho de sol, foi encaminhado para a Secretaria de Obras, mas o Estado não chegou a realizar o orçamento dos custos até o momento.
Geralmente, o material é arremessado com a identificação de letras e números na embalagem, para facilitar a localização do preso. Além de entorpecentes é frequente o lançamento de telefones celulares para o interior da casa prisional, bem como de garrafas de bebidas alcoólicas.
