Eder Calegari/ON
A equipe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Passo Fundo deve concluir nos próximos dias o inquérito policial da morte da advogada Ângela Cristina Lourenzi Muhl, 29 anos, ocorrido na madrugada do dia 30 de outubro de 2009, no escritório em que trabalhava, no 5º andar do edifício Avenida Center, no Centro.
Na tarde de ontem, a mãe da vítima, 52 anos, compareceu na delegacia para mais um depoimento. Segundo o delegado responsável pelo caso, Claudio Belcamino, algumas pessoas ainda estão sendo ouvidas, essas informações serão somadas ao último laudo pericial que foi feito no computador da advogada e devem ajudar na conclusão do caso. A perícia foi realizada no computador porque o acusado do crime, ex-marido da vítima, Jéferson Mendes Viana, 30 anos, alegou haver no equipamento mensagens eletrônicas que comprovariam uma traição.
Segundo a polícia, o ex-marido vai ser indiciado por homicídio qualificado. Ele tentou suicídio logo após o crime, com um tiro de revólver calibre 32 na cabeça. Devido à gravidade do ferimento, o acusado permaneceu um período hospitalizado em Passo Fundo, hoje ele reside com a família em Minas Gerais.
Entenda o caso
O relacionamento da advogada com o garçom Jéferson havia começado depois que eles se conheceram pela internet e passaram a morar juntos. No dia do crime, a polícia encontrou o corpo de Ângela Cristina com um estilete cravado na nuca. O ex-marido estava agonizando com um tiro na cabeça. A sala estava revirada e com várias manchas de sangue. A advogada não queria mais manter o relacionamento e já havia registrado ocorrência policial devido às ameaças que estaria sofrendo do companheiro. O casal tinha um filho, hoje com um ano e sete meses, que vive com a avó materna.