Eder Calegari/ON
Garrafas de cerveja, muitos copos, embalagens de alimentos, cigarros, uma mesa quebrada, uma cadeira destruída, o chão sujo e com odor de urina. Assim amanheceu uma parte da rua Moron, na sexta-feira, (28), que segundo comerciantes daquela quadra, é freqüentada por boêmios que fazem mais do que simplesmente beber e escutar música, obrigando todos a ouvir.
Ao invés de atender os clientes, as funcionárias de uma loja de confecções precisaram iniciar o turno de trabalho com vassouras e baldes nas mãos. Sem saber quem tinha feito o quebra-quebra de mesa e cadeira, mas acostumada a rotina, as vendedoras limpavam o lixo sobre o passeio público. Resultado de uma noite agitada daquela quadra da Moron. “É a inconveniência da loja de conveniência” largou o trocadilho enquanto varria uma funcionária.
Do outro lado, uma comerciante recolhia pela quarta vez, um poste de metal que sustenta a fachada da sua loja e que fora destruído. “Lamentavelmente é a quarta vez que eles quebram” desabafou. A comerciante, que já teve bancos e flores instaladas em frente à loja, ainda contabilizava os prejuízos na danificação do teto plástico do toldo com uma publicidade. Isto, resultado de uma única noite. “Não me arrisco a ter mais nada aqui na frente. Nem a vitrine posso deixar sem a cortina de metal, assim que escurece, fecho ela” finalizou.
Uma solução para o problema
A ONG “Mais Moron” composta por moradores e comerciantes situados naquela rua, orienta que sejam confeccionados os registros das ocorrências na polícia. A poluição sonora e o consumo de álcool já foi tema de investigação do Ministério Público, o qual denúncias. A “Mais Moron” espera uma fiscalização mais incisiva no sentido de coibir os excessos naquele ponto, a fim de que o comércio não seja prejudicado. “Nosso desejo é que a legislação seja aplicada como em algumas cidades onde o consumo de bebidas alcoólicas deva ser exclusivo de ambientes fechados” destacou um dos conselheiros da entidade.
A rua da arruaça
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