Sob clima de comoção e tristeza, foi enterrado na tarde de ontem, no cemitério da localidade de Campo Alegre, interior de Ciríaco, o menino Gabriel Guadagnin Barea, 6 anos, morto no domingo depois de ingerir uma solução à base de salitre, que teria sido administrada pela própria mãe do garoto, de 27 anos, que também ingeriu a substância. Ela teria confessado que deu uma dose do salitre ao filho e deixado uma carta endereçada aos pais e outra ao pai do menino explicando sua atitude.
A mulher permanece internada sob custódia policial na emergência do Hospital São Vicente de Paulo. Ela passou por procedimento de desintoxicação e ainda recebe tratamento. Segundo as informações, ela não corre risco de morte.
Pai havia registrado queixa na polícia
O pai da criança, um caminhoneiro de 47 anos, estava na Bahia e chegou ao município na manhã de ontem. Emocionado, ele disse que havia se separado há cerca de um ano e que teria solicitado a guarda da criança pela instabilidade emocional da ex-mulher, que havia feito ameaças envolvendo o único filho do casal. Ele já teria feito registro na delegacia e denunciado o caso ao Conselho Tutelar daquela cidade.
Os pais da mulher, que residem em uma casa ao lado onde ocorreu o crime, disseram que a filha havia abandonado o curso de História, que frequentava em Passo Fundo, e que ela não aceitava conselhos da família. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Ciríaco. A mãe do menino foi indiciada pelo delegado de plantão da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Passo Fundo e deve ser recolhida ao Presídio Regional quando receber alta hospitalar.
O caso Vitória
Em Passo Fundo seguem as investigações para apurar as responsabilidades da morte da menina Vitoria Maria dos Santos Pierezan, de 13 anos. Ela foi encontrada na tarde do dia 24, ao lado de um restaurante abandonado que fica às margens da Perimetral Leste, próximo do trevo de saída para Marau. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Vitória foi morta com duas perfurações no peito, provocadas por arma branca, provavelmente um objeto metálico.
Segundo o delegado Mario Pezzi, o trabalho está em fase de conclusão, porém segue em sigilo para não atrapalhar as investigações. Pelo menos 20 pessoas envolvidas no caso já foram ouvidas. O resultado das perícias ainda é aguardado.
