Um forte aparato foi montado pela Brigada Militar no município de Gramado dos Loureiros para tentar prender os suspeitos do assalto a uma agência bancária na quarta-feira (02). De acordo com o comandante do Comando Regional da BM na região do Planalto, coronel Pedro Luiz Lima, cerca de 200 policiais militares atuam para solucionar o delito.
A área onde os criminosos podem estar alojados está cercada e a BM promete não deixar o local enquanto os criminosos não forem encontrados. Barreiras e abordagens foram intensificadas no município e na região. Segundo o coronel, são quatro ou cinco os suspeitos escondidos na área de mata fechada, com mais de 25 mil hectares. "Estamos contando com a colaboração da comunidade, que conhece bem o local", afirmou o comandante nesta sexta-feira.
Mesmo com toda a mobilização, ontem o mesmo grupo é suspeito de ter furtado uma camionete Silverado que estava estacionada a menos de 100 metros do local onde acontecia o velório do assessor especial do governo do Estado, Alivino Machado, morto pela quadrilha. Um policial militar percebeu a ação e pediu apoio, iniciando uma perseguição. Houve troca de tiros. Os suspeitos abandonaram o veículo em um mato localizado próximo a prefeitura municipal e fugiram a pé. Na camionete, deixaram para trás uma submetralhadora, um revólver calibre 38 e uma faca, além de um colete balístico e munições.
À tarde, durante a caçada aos bandidos, um agricultor foi confundido com um dos assaltantes e baleado na perna. Ele teria pulado a janela de casa ao ver os policiais, que atiraram. A vítima foi atendida no hospital de Nonoai e não corre risco de morte. O comandante Lima confirmou que uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, com duas viaturas e oito policiais, continuará na cidade mesmo após o desfecho do caso e por tempo indeterminado.
São João da Urtiga
As atenções da polícia também estiveram voltadas, na manhã desta sexta-feira, a outro município da região Norte, São João da Urtiga, onde criminosos assaltaram a agência do Banrisul. Uma funcionária foi feita refém, mas libertada em seguida, sem ferimentos, entre Machadinho e Cacique Doble. A Brigada Militar descarta a ligação entre os casos.
