Ex-companheiro que matou advogada é indiciado

Crime ocorreu há oito meses no escritório da vítima, em prédio no centro da cidade. Acusado está residindo em Minas Gerais

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A 2ª Delegacia de Polícia conclui o inquérito policial instaurado para investigar a morte da jovem advogada Ângela Cristina Lourenzi Muhl, 29 anos, ocorrido no dia 29 de outubro de 2009, em uma sala comercial no 5º andar de um prédio na Av. Brasil. O laudo pericial do exame realizado no local do crime foi recebido na semana passada.

De acordo com as informações da polícia, a vítima foi encontrada dentro do escritório, já sem vida, com várias lesões e com um extrator metálico usado para retiram grampos de papéis na nuca. Foi esse o ferimento que causou a morte, segundo o laudo.

O ex-companheiro, Jefferson Mendes Viana, também estava no escritório e apresentava um ferimento na cabeça provocado por um tiro. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital São Vicente de Paulo, onde foi submetido à cirurgia. A arma, um revólver calibre 32, municiado com cinco cartuchos intactos e um deflagrado, foi apreendido pela polícia no local.
A polícia apurou que o acusado agrediu e matou a advogada e após tentou suicídio. Jefferson foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário.

Acusado vive com a família
De acordo com o delegado Cláudio Edgar Trindade Belcamino, titular da 2ª Delegacia de Polícia, Jefferson, hoje com 31 anos, mora com os pais em Minas Gerais. Ele se mudou para lá assim que recebeu alta hospitalar e se apresentou à polícia no final de 2009. A advogada deixou um filho de dois anos, que mora atualmente com os avós maternos em Passo Fundo. O delegado explicou que o acusado não foi preso por não se enquadrar nos requisitos de uma prisão preventiva, por ser réu primário e por ter se apresentado à polícia.

Relembre o caso

Por volta das 17h30 de uma quinta-feira, a advogada e a secretária que trabalhavam com a vítima deixaram Ângela sozinha no escritório. Por volta das 18h, o ex-companheiro da vítima, que trabalhava como garçom em uma casa noturna, chegou ao escritório. Como os familiares não conseguiam localizar Ângela, eles foram até o local horas depois e encontraram ambos no chão.

A Brigada Militar foi chamada. Uma mochila, dois estiletes e uma corda de náilon com cerca de 5 metros foram encontrados na sala. Segundo as informações, os dois teriam se conhecido por meio da internet, quando Jefferson morava em Minas Gerais. O rapaz veio para Passo Fundo e o casal passou a viver junto até que houve a separação. Ângela tinha uma rotina discreta, mas recebia com frequência ligações no celular do ex-marido, que não aceitava a separação. Ela chegou a registrar queixa, alegando estar sendo ameaçada pelo acusado.

Gostou? Compartilhe