União local para conter fugas no presídio

Sem indícios de que o Estado tomará medidas efetivas para conter as fugas do Presídio Regional de Passo Fundo, Ministério Público, Poder Judiciário, Brigada Militar e Delegacia Penitenciária unem-se para tomar providências imediatas

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Natália Fávero/ON

Representantes do Ministério Público Estadual, do comando do 3º RPMon, do Poder Judiciário e da Delegacia Penitenciária da 4ª Região estiveram reunidos para adotar soluções imediatas para evitar que novas fugas aconteçam no Presídio Regional de Passo Fundo. O encontro foi no final da manhã de ontem, a pedido da Promotoria Especializada em Execuções Criminais, por meio do promotor Marcelo Pires. Foram discutidas a segurança do presídio, as condições físicas e as melhorias que precisam ser implementadas. Uma verba de R$ 15 mil será solicitada ao Juizado Especial Criminal para solucionar os problemas mais urgentes.

O promotor Marcelo Pires informou que entre as melhorias estão a ampliação do sistema de monitoramento por câmeras, a instalação de cerca elétrica, a colocação de vidros nas guaritas e, por sugestão da Brigada Militar, a inclusão de cães de guarda na parte externa. Essa última medida, ainda depende de um estudo para analisar a viabilidade.

Hoje, o promotor se reunirá com o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, Ermindo Simonetti, para estudar a possibilidade de instalação de uma câmera de vigilância próximo ao Presídio. Além disso, há a ideia de implantar projetos de ressocialização, com trabalho para os apenados do albergue, que deverá ser inaugurado. Um balanço das prioridades será elaborado pela administração do presídio para verificar que medidas são mais urgentes para a aplicação efetiva da verba que será solicitada ao Juizado Especial Criminal, proveniente das multas aplicadas como pena.

Situação do presídio será repassada ao Estado
O promotor Marcelo Pires informou que essas medidas estão sendo tomadas porque o Estado não está cumprindo o seu papel. "Estamos extrapolando as nossas responsabilidades devido à inércia do Estado em tomar providências efetivas e rápidas para conter as fugas no presídio", disse Pires.
Um ofício será enviado à Susepe para informar sobre as ações que estão sendo desenvolvidas pelos órgãos locais, também para o secretário de Segurança e para a governadora. "Parece que as autoridades estaduais não estão cientes dos últimos acontecimentos e da gravidade da situação", argumentou o promotor.

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