Desencadeada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) na madrugada de sexta-feira, a Operação Fire resultou na prisão de 40 pessoas em três estados. Somente no Rio Grande do Sul, foram 32 pessoas detidas por integrar a quadrilha que atacou dezenas de agências bancárias no Estado e em Santa Catarina. Após sete meses de investigação policial, foram cumpridos 44 mandados de prisão temporária e 56 mandados de busca e apreensão em mais de 50 locais diferentes em Porto Alegre, ma região Metropolitana e no interior do Estado, com especial atenção à área de fronteira, origem de armas para a quadrilha. A ação policial também foi desenvolvida em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
Cerca de 40 ações criminosas foram praticadas pela quadrilha, umas das mais especializadas e organizadas do RS. O delegado Ranolfo Vieira Júnior, titular do Deic, acredita que o prejuízo total dos bancos seja por volta de R$ 5 milhões. Dos 40 presos - com idade média entre 25 e 30 anos - dez são mulheres. Dentre os presos estão alguns dos líderes do grupo, um policial militar, responsável pelas informações de segurança, e um chaveiro, de 32 anos, que dava apoio na abertura das agências.
Dentre os equipamentos apreendidos constam três maçaricos, máscaras químicas, botijão de gás, coletes à prova de balas, alicates, lonas, três pistolas 9 mm, uma pistola ponto 40, uma pistola calibre 45, além de farta munição. O bando estava investindo em equipamentos caros, como uma furadeira eletrostática, avaliada em cerca de R$ 10 mil.
Trabalharam na Operação Fire 350 policiais gaúchos em 80 viaturas, com apoio das polícias de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. As investigações prosseguem com o objetivo de prender o restante da quadrilha.