A Brigada Militar já recapturou dois dos quatro detentos que haviam fugido do Presídio Regional de Passo Fundo na madrugada do dia 21 de junho, depois que serraram as grades de uma cela da galeria C, e tiveram acesso ao pátio e a rua. Um quinto detento foi preso quando tentava escapar naquela ocasião. Depois deste episódio, houve mudanças na administração, com o diretor sendo substituído. Duas semanas depois a situação se repetiu. Em condições semelhantes à anterior, outro apenado conseguiu ganhar as ruas depois que serrou grades e fugiu sem que fosse notado pela segurança. Ele também permanece foragido.
Os registros de fugas motivaram a abertura de uma sindicância para investigar se houve negligência, imperícia ou imprudência no caso. Sabe-se que o local está superlotado abrigando geralmente o dobro do que fora projetado, ficando em média com uma ocupação de 700 reclusos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Susep, o resultado da sindicância pode levar cerca de 30 dias para ser concluído, se não for solicitado prorrogação de prazos nas diversas fases que o processo percorre, já que este está em fase inicial ainda. As etapas de levantamento de dados e oitivas dos envolvidos foi parcialmente concluída restando análise e defesa para apontar algum resultado. Caso fique comprovada a responsabilidade de alguém nas fugas ocorridas, o afastamento de servidores não é feito pela Susep, mas sim pela Procuradoria Geral do Estado. Antes, porém, a sindicância passa pela Secretaria de Segurança, seguindo os trâmites legais.
Procura
A Brigada Militar mantém o trabalho para localizar os três apenados que fugiram nas duas últimas fugas registradas no presídio. Eles cumpriam pena por envolvimentos em roubos, furtos, porte ilegal de arma e homicídio. Segundo a polícia, permanecem foragidos Ânderson Luiz Fernandes, Israel Leandro Silva da Cunha e Gilberto Rodrigues.
Pena cumprida em casa
Já em Soledade, por determinação da Vara de Execuções Criminais, 25 presos do regime aberto – aqueles que têm autorização para sair trabalhar, por exemplo - deverão cumprir suas penas através de prisão domiciliar, não necessitando mais comparecer ao presídio. A medida foi tomada devido à falta de estrutura e capacidade do Presídio Estadual do município. Segundo a Promotoria de Justiça a determinação se deve também, por que o estabelecimento não possui condições de higiene adequadas e suficientes para abrigar o total de apenados. Uma das preocupações das autoridades policiais é o aumento dos delitos naquele município.
Mais um mês para resultado de sindicância
· 1 min de leitura