Eder Calegari/ON
A rotina dos taxistas de Passo Fundo está se tornando uma profissão arriscada em função de assaltos ocorridos, principalmente durante o período da noite e da madrugada. Recentemente, dois casos foram registrados no mês de outubro. Na madrugada de domingo um taxista de 29 anos foi a vítima. Ele contou que estava retornando de uma corrida no Bosque Lucas Araújo, quando, na rua Daltro Filho, foi surpreendido por dois assaltantes armados no momento em que ele reduziu a velocidade do carro para passar um quebra-molas. A dupla estava em uma motocicleta Twister de cor vermelha. O caroneiro da moto apontou o revólver para o taxista, obrigando-o a parar e roubou o dinheiro referente à movimentação daquela noite.
Já durante a noite de sexta-feira (01), um taxista de 40 anos teve o automóvel Siena de cor branca roubado durante um assalto. A vítima estava em um ponto da rua General Netto, quando dois homens que disseram residir em Marau solicitaram uma corrida até o bairro Boqueirão. Em dado momento, o indivíduo que estava no banco do carona puxou um revólver e ameaçou o taxista que foi obrigado a se deslocar algumas quadras, quando então foi obrigado a sair do carro. Os assaltantes fugiram com o automóvel da vítima em direção ao bairro Secchi e não foram localizados. Em outro caso registrado no final do mês passado, um taxista foi ferido dentro do táxi, quando fazia uma corrida para dois indivíduos até a vila Luiza.
Depredação na madrugada
Além de sentir-se inseguros, os taxistas reclamam do vandalismo. "Os assaltos podem estar sendo motivados pelo envolvimento no tráfico e no consumo de drogas", argumentou a vítima do assalto ocorrido no domingo. Ele ainda denuncia que é grande a depredação de espaços públicos durante a madrugada e que estaria faltando um patrulhamento mais eficiente por parte das autoridades de segurança pública. "Meus colegas e eu frequentemente nos deparamos com cenas de vandalismo durante a madrugada. Já percebemos casos onde grupos de oito ou dez pessoas, na maioria adolescentes, saíram de casas noturnas e passam a destruir o que encontravam pela frente. Eles danificam placas de sinalização da rua, destroem canteiros de praças, depredam fachadas de lojas, telefones públicos e até cestos de lixo. A polícia deveria manter equipes paradas em pontos e horários estratégicos oferecendo segurança não só a taxistas mas a toda comunidade", argumentou o profissional que há dois meses está na profissão e já foi assaltado.
O que diz a Brigada Militar
O Tenente-Coronel João Darci Gonçalves da Rosa, comandante do 3° RPMon (Regimento de Polícia Montada) da Brigada Militar de Passo Fundo, afirma que o patrulhamento está sendo realizado de forma constante à noite e madrugada, como ocorre durante o dia, sendo empregadas guarnições completas e compatíveis às demandas. Já existe um acréscimo no número de policiais nos finais de semana, visto ocorrer maior movimentação de pessoas nestes dias.
O comandante disse ainda que manter um policial ou viatura parada em determinadas esquinas é uma prática inviável devido ao número de chamados e ocorrências atendidas pelas equipes. Mesmo assim, em alguns horários, a BM consegue manter policiais de plantão em alguns locais. Apesar dos últimos assaltos, uma das maiores demandas encontradas pela BM durante o período da noite tem sido a perturbação do sossego público, muitas vezes ocasionado pelo som alto de veículos estacionados em vias públicas.