Mutirão cartorário chega ao fim

Durante dois meses de trabalho, policiais despacharam mais de 2 mil inquéritos que estavam parados nas delegacias de Passo Fundo, superando meta estabelecida no início do projeto

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Eder Calegari/ON

Termina oficialmente hoje o projeto "Mutirão Cartorário" da Polícia Civil que, assim como em algumas outras cidades do Estado, foi desenvolvido em Passo Fundo com a intenção de agilizar inquéritos policiais. Durante 60 dias foram encaminhados até a Justiça mais de 2 mil procedimentos que estavam parados nas delegacias da cidade. Ao todo trabalharam mais de 40 agentes e dois delegados. Durante o mutirão, a equipe concentrou as atividades cartorárias em salas cedidas pela Secretaria de Assistência Social, no segundo andar do prédio do antigo quartel do Exército. Em Passo Fundo, estima-se que existam mais de 50 mil inquéritos em andamento nas delegacias.

Segundo o delegado Paulo Videla Ruschel, titular da 6ª Delegacia Regional da Polícia Civil, foram pré-selecionados nas DPs os procedimentos policiais para serem despachados pelo projeto de mutirão. A escolha deu-se principalmente pelo fator gravidade. Foram escolhidos inicialmente inquéritos policiais envolvendo homicídios, latrocínios, roubos com agressão física e demais delitos elencados por importância. "O mutirão foi um sucesso, conseguimos despachar inquéritos que estavam parados desde o ano de 2002. Certamente a polícia vai poder continuar trabalhando com mais efetividade nas outras demandas e procedimentos restantes", destacou o delegado. Neste ano, Passo Fundo foi a última cidade a receber o mutirão.

Como funciona o projeto
O Mutirão Cartorário é uma iniciativa da Polícia Civil para desafogar os serviços burocráticos das delegacias que estão parados, seja pelo grande número de procedimentos ou pela falta de servidores. Esse é um serviço itinerante que passa por cidades com grande volume de inquéritos policiais instaurados nas delegacias. Dependendo da demanda, o cartório pode ficar em cada cidade por um prazo máximo de 60 dias, como foi o caso de Passo Fundo. O trabalho dos policiais cartorários prevê além do encaminhamento dos inquéritos ao Fórum, a intimação de pessoas, oitivas de envolvidos e outros métodos legais necessários para dar sequência aos procedimentos, cuja autoria dos delitos já seja de conhecimento da polícia. No Estado, mais de 32 mil inquéritos foram encaminhados até a Justiça pelo sistema de mutirão, sendo que a meta inicial nas cidades onde o cartório itinerante foi instalado era de 27 mil.

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