Vera Cruz: prefeitura contrata profissional armado para garantir segurança no maior cemitério da cidade. Medida foi adotada depois que coveiro foi agredido por colega de profissão
Um fato de violência ocorrido dentro do cemitério do bairro Vera Cruz, onde existem mais de 45 mil sepultados, fez com que a Divisão de Cemitérios, órgão ligado a STMUS (Secretaria de Transporte, Mobilidade Urbana e Segurança), solicitasse a presença de um guarda armado durante o dia naquele local. A medida vai ser adotada a partir de hoje com o objetivo de proporcionar segurança para os servidores públicos que trabalham na divisão, bem como visitantes e a comunidade.
Na tarde de terça-feira, (19), um coveiro de 28 anos foi agredido por um colega de profissão enquanto realizava uma exumação. A vítima foi atingida por diversos socos e chutes na face e no corpo, permanecendo inconsciente por alguns minutos. Ele ficou com lesões no rosto e vai necessitar de intervenção cirúrgica na mandíbula. O motivo da violência seria a disputa pela realização de um trabalho no cemitério da Vera Cruz, já que a vítima fora contratada para um serviço, o que gerou descontentamento por parte do colega que o agrediu.
Medidas de segurança
De acordo com Mariniza dos Santos, Coordenadora de Serviços Gerais que responde atualmente pela Divisão de Cemitérios, a escolha do profissional ou pessoa que vai realizar a exumação é livre não existindo nenhuma escala, plantão ou indicação por parte da divisão neste sentido. “O familiar faz orçamentos e escolhe quem ele quiser. Pode inclusive realizar o trabalho de exumação por conta própria, desde que possua o alvará de licença da prefeitura ou a autorização expedida pela Divisão de Cemitérios. Não há nenhum envolvimento nosso neste processo de escolha” explicou.
Sobre o caso da agressão física, Mariniza esclarece que o fato não envolveu nenhum servidor público da divisão. Além do profissional de segurança contratado, o episódio gerou outras conseqüências. O material de trabalho e equipamentos dos coveiros não mais será resguardado na Divisão de Cemitérios como era feito até então. O boletim de ocorrências do caso vai ser remetido até a Assessoria Jurídica da prefeitura. Um processo interno vai ser aberto e todas as medidas cabíveis vão ser adotadas em relação ao trabalho dos coveiros.
A investigação do caso está a cargo da 2ª Delegacia de Polícia. O coveiro que agrediu o colega pode vir a responder processo por lesão corporal.