Leonardo Andreoli/ON
A falta de delegados que atrasava atendimentos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) terá fim. Foram apresentados ontem, na 6ª Delegacia Regional de Passo Fundo os cinco novos delegados que atuarão na cidade, quatro deles no plantão da DPPA. Outros quatro delegados também foram destinados a delegacias da região.
De acordo com o delegado Paulo Videla Ruschel, titular da 6ª Delegacia Regional da Polícia Civil, esta era uma demanda antiga da comunidade de Passo Fundo. A vinda dos novos delegados só foi possível devido a nomeação de 119 novos delegados no Estado. “Isso permitiu a Chefia de Polícia dar prioridade as DPPAs do Estado pela importância que elas têm no atendimento das ocorrências. A presença do delegado dará mais agilidade ao atendimento, da mesma forma que as equipes volantes que estão em plantão 24 horas possam ser melhor orientadas”, ressalta.
Antes da vinda dos novos delegados, a DPPA era atendida por oficiais em sobreaviso. A delegacia é a única que fica aberta 24 horas. No local havia policiais para atender o público, mas quando era necessário um delegado era chamado de outra delegacia da região.
Mulheres nas delegacias
Dos nove novos delegados que assumiram quatro são mulheres. Com as duas que assumirão em Passo Fundo sobe para quatro o número de delegadas na cidade. Os novos delegados da região são: Rafael Soccol Sobreiro, 25 anos, assume a Delegacia de Polícia (DP) de Casca; Carolina Valentini Tomiello, 32 anos, assume a DP de Guaporé; Carmelo Santalucia Ramos da Silva, 29 anos, assume a DP de Serafina Corrêa; Andréa Nicotti Gomes Ferreira, 24 anos, assume a DP de Vila Maria.
Conheça os novos delegados de Passo Fundo:
Diego Dezorzi
25 anos
Natural de Sarandi
Assume a DPPA
É formado em direito pela UPF, estudou durante um ano na Escola do Ministério Público em Porto Alegre, e cursou um ano de especialização em Direito Público. “Foram quase dois anos de concurso até chegar à academia de polícia. Escolhi Passo Fundo por conhecer a região e a Polícia Civil por ela ter um trabalho dinâmico e na área que eu gosto que é o Direito Penal. O trabalho nos faz sentir bem porque tem um impacto social muito grande. A função do delegado permite ter o contato direto com a sociedade e ver o resultado daquilo que você faz”, afirma.
DiogoTomczak Ferreira
27 anos
Natural de Seberi
Assume a DPPA
Ferreira se formou em Direito na Uri Campus Frederico Westphalen em 2005. Estudou durante um ano na Escola do Ministério Público em Porto Alegre e passou a se dedicar aos concursos. “Passei em alguns concursos para delegados. A trajetória é complicada é bastante concorrido. Tem de estar preparado. A Polícia Civil desempenha um papel muito importante na sociedade por estar na linha de frente e agir imediatamente na ocorrência do fato. Ela dá uma resposta mais pronta para a sociedade”, pontua.
Rafaela Weiler Bier
29 anos
Natural de Passo Fundo
Assume a Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT)
Ela se formou em Direito pela UPF em 2004, fez a Escola da Magistratura em Passo Fundo, depois a Escola do MP, e após começou a advogar. Durante dois anos atuou como juíza leiga no Juizado Especial Cível de Passo Fundo. “Sempre tive muita afinidade com o direito penal e criminal e sempre quis dar uma resposta a sociedade no sentido de coibir a prática de crimes”, fala sobre a opção pela Polícia Civil.
Raquel Kolberg
28 anos
Natural de Chapada
Assume a DPPA
Após de formar em 2005 pela Universidade Federal de Pelotas assumiu o cargo de analista de projetos no BRDE em Porto Alegre onde trabalhou durante três anos e meio. Também foi aprovada em concurso do TRT. “Estou feliz por retornar a área que eu gosto, que é o Direito Penal. Já conheci o trabalho na área e me identifico com ele. Todos os estágios que fiz durante a faculdade foram na área de direito penal”, fala sobre a escolha pela carreira.
Venícios Ildo Demartini
26 anos
Natural de Barracão
Assume a DPPA
Venícios ingressou na Uri em campus de Erechim, na turma de 2002 e concluiu a graduação em 2006. Trabalhou na cidade até 2008 quando se mudou para Porto Alegre para estudar para concursos. “Era um objetivo que eu tinha. Em 2009 fiquei estudando por conta e fiz o concurso. Entrei na academia no início de julho. Foi minha opção a regional de Passo Fundo e consegui ficar onde eu queria. A Polícia Civil é uma instituição que consegue trabalhar com a população despida de qualquer preconceito no momento mais frágil. O Poder Judiciário, por exemplo, se trabalha mais com papéis. Na polícia você tem o contato direto com as pessoas. É isso que me fascina”, conta.