Os moradores do local convivem com a baderna praticamente todos os domingos. Com receio de se identificar, eles contam que é comum grupos de adolescentes saírem de uma casa noturna da redondeza e fazer algazarra. Carros em alta velocidade que executam manobras arriscadas, jovens com sinais de embriaguez, garotas que choram, brigas e tiros. Todos esses elementos tumultuam o sono das noites de domingo de quem vive na Av. Rio Grande.
Arrastão
Nesse final de semana, além da bagunça, um grupo de aproximadamente dez adolescentes cometeu ato de vandalismo na avenida. Por volta das 2h de segunda-feira, eles fizeram um arrastão em estabelecimentos comerciais. Pelo menos oito tiveram as vidraças despedaçadas. Uma moradora que ouviu a ação, conta que eles desciam pela avenida destruindo o que encontravam. Em uma delas, com os vidros mais resistentes, eles chutaram até conseguirem quebrá-los. O ataque às lojas foi de puro vandalismo, como definiu uma comerciante. Nada foi levado.
A Brigada Militar recebeu a informação por telefone e conseguiu identificar nove jovens. Entre eles três apontados como os autores do vandalismo. Eles Foram encaminhados á Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde foi feito o boletim de ocorrência, e posteriormente liberados. O caso deverá ser encaminhado á Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Abaixo-assinado
Os moradores da rua preparam um abaixo-assinado para tentar mudar a situação. Uma das organizadoras da manifestação conta que os moradores ficam apavorados com a algazarra. O documento, que ainda não foi redigido, pedirá soluções para o problema.
Ação da polícia
A Brigada Militar faz patrulhamento reforçado nos finais de semana, principalmente em locais em que é realizado algum tipo de evento. A ação policial compreende barreiras, identificação de veículos e pessoas e o controle da movimentação quando a atividade é encerrada. De acordo com o tenente-coronel João Darci Gonçalves da Rosa, comandante do 3º RPMon, casos como os registrados na madrugada dessa segunda-feira não dependem apenas da ação da BM. "Depende muito da família, eles têm de se conscientizar que os filhos estão em caminho de difícil retrocesso. Começa com uma vidraça e amanhã evolui para uma coisa maior", alerta. Ele avisa os pais para que fiquem atentos quando os filhos retornam de festas, pois é comum o consumo de álcool por parte dos adolescentes. O tenente-coronel reforça que a BM continuará com as ações nos locais em que são realizados eventos e festas para coibir esse tido de problema.
