O homem acusado de matar a ex-companheira, a advogada Ângela Cristina Lourenzi Muhl, 29 anos, em outubro do ano passado, foi preso no início da manhã de ontem. Jéferson Mendes Viana, 31 anos, foi preso pela Polícia Civil de Itajubá, em Minas Gerais, quando saia da casa dos pais. A prisão preventiva foi decretada no dia 3.
De acordo com o delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia, Cláudio Belcamino, a prisão preventiva foi pedida para facilitar a investigação e evitar uma possível fuga do acusado. "Por morar fora do estado havia a possibilidade de o processo ser prejudicado e de que ele fugisse. Enquanto correr o processo ele ficará preso e se condenado permanecerá na prisão", explica.
É possível que ele seja transferido para o Presídio Regional de Passo Fundo até o final do ano. No entanto a transferência depende de uma decisão judicial. No momento da prisão, Viana alegou que também era vítima. Ele disse que alguém teria invadido o escritório e tentado assassinar ele e a ex-companheira.
Relembre o caso
A morte da advogada completou um ano no dia 29 de outubro. O caso que chocou Passo Fundo aconteceu no escritório em que ela trabalhava, no 5º andar do edifício Avenida Center, Centro. O relacionamento da advogada com o garçom Jéferson começou pela internet e depois eles passaram a morar juntos. A polícia encontrou o corpo de Ângela Cristina com um estilete cravado na nuca e o acusado agonizando com um ferimento na cabeça. Na noite do crime o suspeito tentou suicídio com um tiro de revólver calibre 32 na cabeça. A sala estava revirada e com várias manchas de sangue. A advogada não queria mais manter o relacionamento e já havia registrado ocorrência policial devido às ameaças que estaria sofrendo do companheiro. O casal tinha um filho, hoje com dois anos, que vive com a avó materna, que tem na Justiça a guarda da criança. Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
