Casal é assassinado e filho é principal suspeito

Crime ocorreu na madrugada de terça-feira na localidade de Campina dos Novelos, interior de Mato Castelhano

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Leonardo Andreoli/ON

A história parece ter sido tirada de um roteiro de cinema ou de um daqueles casos que abalaram o país envolvendo famílias. Um casal de caseiros do interior de Mato Castelhano foi assassinado enquanto dormia na madrugada desta terça-feira. O principal suspeito até o momento é o filho do casal. Ele foi autuado em flagrante por homicídio duplamente qualificado e encaminhado ao Presídio Regional de Passo Fundo.

O suspeito tem 21 anos. De acordo com a ocorrência policial, registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Passo Fundo, quando os policiais chegaram ao local encontraram o acusado no banheiro da residência.  Ele estava em um canto do cômodo, com os olhos vendados, com as mãos amarradas sob as pernas com cintas de nylon, assim como os tornozelos.

Na versão dele, bandidos invadiram a casa, mataram os pais e depois lhe amarraram no banheiro. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, não havia sinais de arrombamento, nada foi roubado da propriedade, nem mesmo dinheiro de uma das vítimas que estava na carteira. Na casa, foram identificadas testemunhas que derrubaram a versão do suspeito. Uma testemunha morava na mesma casa há cerca de três meses e era sobrinha das vítimas. Quando ela ouviu os disparos, se escondeu embaixo de uma cama.

Cena do crime

De acordo com o delegado Venícios Ildo Demartini, quando os policiais civis e da Brigada Militar chegaram o casal estava no quarto. Os indícios preliminares – que deverão ser confirmados pela perícia – apontam que não houve reação por parte do pai do acusado, José Saul Lopes da Rosa, 39, apenas da mãe, Inês da Rocha Lopes,42. Ambos foram mortos a tiros. Na casa foram encontradas duas armas: uma espingarda calibre 36 e um revólver calibre 32. O crime ocorreu por volta das 2h30, e o flagrante realizado nas primeiras horas da manhã. O rapaz encontrado no banheiro não tinha sinais que indicassem o uso de drogas, mas estava alterado.

“Porque está fazendo isso?”

De acordo com uma das testemunhas, a mulher chegou a chamar o filho pelo nome e pedir porque ele estava fazendo aquilo. Ela não obteve resposta. E esta é também a maior dúvida das testemunhas do caso. “Uma família tranquila, de pessoas de bem”. Assim, outra testemunha definiu o relacionamento dos envolvidos na tragédia. O pai e a mãe eram caseiros de uma propriedade na comunidade de Campina dos Novelos, na zona rural do município, há cinco anos. A convivência da família sempre pareceu normal, sem brigas ou envolvimento com drogas. “Não consigo entender porque ele faria isso”, afirmou a testemunha que preferiu não se identificar. Ela revelou ainda que o jovem tinha voltado há pouco tempo do quartel, que estudava e trabalhava, embora não soube precisar onde.
A polícia vai investigar o caso.

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