Coronel Farias despede-se da Brigada Militar em fevereiro

Oficial encerra a carreira no Comando Geral do Corpo de Bombeiros

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Redação ON

Após uma carreira de 35 anos dedicados à Brigada Militar e ao Corpo de Bombeiros, o coronel Paulo Ricardo Farias, comandante do 7º Comando Regional de Bombeiros (CRB), entra para a reserva. Porém, antes da despedida, o coronel Farias ainda responderá nos próximos dias pelo Comando Geral do Corpo de Bombeiros, onde está desde o dia 18 de dezembro do ano passado. “Assumo este cargo por pouco tempo, já que existe um dispositivo legal que obriga o servidor a se aposentar assim que completar 35 anos de serviço público e eu completo este tempo no dia 9 de fevereiro”, disse ele, que em 1999 fundou o Batalhão Ambiental da Brigada Militar.

Farias assumiu o comando do 7º CRB em maio do ano passado, mas não foi sua primeira passagem por Passo Fundo. Ele já havia comandado o 3° RPMon de 2002 a 2004. No fim de janeiro, o Coronel Farias deverá entregar o comando do 7º CRB e em seguida passar o Comando Geral dos Bombeiros ao seu sucessor.

O Nacional - O senhor trabalhou em praticamente todas as regiões do RS. Além de Passo Fundo, onde mais o senhor exerceu suas funções?
Coronel Farias –
A carreira de um oficial da Brigada permite isso, de se colocar à disposição dos comandos e circular pelo Estado inteiro, bem como focar uma determinada região e fazer toda a sua carreira por ali. A minha família é de Porto Alegre, então desde o início nós colocamos as malas no carro e eu sempre estive à disposição do governador ou do Comando da Brigada Militar e trabalhar onde fosse designado. Isto me permitiu trabalhar em Novo Hamburgo, Santiago, São Borja, Alegrete, Santana do Livramento, Uruguaiana, Porto Alegre, entre outros. Só não trabalhei na Serra e na Região Sul do Estado.

ON - Como comandante do 7º CRB, em que condições o senhor encontrou o Corpo de Bombeiros em Passo Fundo e o que o senhor deixa para a guarnição?
Farias -
Em qualquer lugar que a gente chega para trabalhar, a gente respeita o trabalho que vinha sendo executado pelo antecessor. A idéia sempre foi dar continuidade e melhores condições de trabalho com foco principal nos recursos humanos internos e sempre observando e melhorando a relação do policial com a comunidade, algo que encontrei possibilidade de fazer. Procurei abrir as portas do Corpo de Bombeiros à comunidade.

ON – E em relação à estrutura do Corpo de Bombeiros?
Farias -
Neste período, através do Funrebom (Fundo de Reequipamento dos Bombeiros) conseguimos adquirir quatro novos veículos para a prevenção. No aeroporto, através de um processo que já estava em andamento, para aquisição de um novo veículo, mas não existia um local adequado para instalar os Bombeiros. Reconquistamos um hangar que era do Estado e estava sendo utilizado por um civil e o contrato estava acabando. Nós entramos com um pedido junto à Justiça e a Secretaria de Infraestrutura para aquele espaço e nos foi concedido. Hoje temos um caminhão novo, com maior capacidade e os homens abrigados. Eles ficaram quatro meses expostos ao tempo fazendo proteção aos vôos cuidando das decolagens e aterrissagens. É bom salientar que o Funrebom não funciona para os Bombeiros utilizarem em atividade de ordem interna, ele retorna à comunidade como um benefício. Conseguimos também um novo caminhão, em uma troca com o 1° CRB

ON - Nos últimos anos, o Corpo de Bombeiros vem desenvolvendo ações e projetos de cidadania. O que o senhor poderia destacar nesta área?
Farias -
Nós tínhamos dois programas sociais muito bons, que eram a Super Liga da Prevenção, com visitas e palestras nas escolas através de uma parceria com a Universidade de Passo Fundo, que produz o material utilizado, e as crianças acabam aprendendo prevenir incêndios brincando. Temos também o Bombeiro Mirim, que é uma parceria fantástica com a Congregação Notre Dame, Prefeitura Municipal, Semcas e Corpo de Bombeiros, que atende cerca de 80 jovens em vulnerabilidade social por ano, e nós participamos dando a nossa contribuição em questões como cidadania e primeiros socorros, e a Congregação cuida das questões educacionais, cursos de marcenaria, informática e música.

ON – O que o senhor teria a dizer à comunidade passofundense neste momento de despedida?
Farias  –
Queria agradecer o apoio à atuação do Corpo de Bombeiros, também vocês da imprensa dando a oportunidade de podermos nos comunicar com a comunidade. Eu tenho todas as matérias guardadas e quem sabe transformarei em um livro ou alguma coisa assim, contando a vida na área da segurança pública.

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