Grupo pode ter participado de outra adoção ilegal

Venda de bebê: Justiça concedeu mandado de prisão, mas casal de empresários da Bahia está foragido

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Gerson Urguim/ON

A polícia civil de Passo Fundo tem quase certeza de que existem outras pessoas envolvidas no caso da tentativa de compra de um bebê recém-nascido e que o grupo também estará envolvido em outra adoção ilegal ocorrida há pouco tempo no município. O casal que ficaria com a criança teve a prisão preventiva decretada ontem pela Justiça, mas está foragido.

Na quarta-feira (19), as três pessoas presas em flagrante enquanto negociavam na Praça Marechal Floriano foram recolhidas ao Presídio Regional. A polícia chegou aos acusados através de denúncia da mãe da criança. Segundo o delegado Gilberto Mutti Dumke, responsável pelas investigações, a partir dos depoimentos que se estenderam até a madrugada de ontem, ficou a suspeita de que existe mais um caso de adoção irregular de crianças, praticado pelas mesmas intermediárias. “Através dos depoimentos podemos constatar a possibilidade de que estas pessoas estão envolvidas em outro caso parecido. Mas além delas possivelmente existam outras, que serão chamadas a depor também”, explicou ele.

Ainda de acordo com o delegado, a prisão do casal não pôde ser realizada na quarta-feira, porque ele não foi pego em flagrante e a policia dependia da de autorização da Justiça, o que só foi possível na manhã de ontem. Uma prisão só pode ser efetuada por flagrante, ou por ordem judicial. “Se fosse simples assim, eles teriam sido presos ontem (quarta-feira) também”, disse o delegado. “Para que a prisão preventiva do casal fosse decretada foi necessário primeiro lavrar o flagrante dos outros envolvidos, e o pedido de prisão preventiva foi encaminhado ao Ministério Público e ao juiz, que fazem a análise e depois retornam com um parecer favorável, ou não, à prisão”, explicou.

O delegado descarta a possibilidade de outros envolvidos no caso tenham ajudado o casal de empresários a fugir. O casal não foi localizado depois de prestar depoimento, na madrugada de quinta-feira (20), na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Duas mulheres, que intermediaram a venda da criança e o advogado do casal comprador, que também veio da Bahia, estão presos. Até o fechamento desta edição, o casal de empresários continuava foragido.

 

 

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