PF prende duas mulheres por venda ilegal de medicamentos

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Gerson Urguim/ON

A Polícia Federal prendeu na tarde desta terça-feira duas mulheres que estavam vendendo medicamentos de forma ilegal. Uma menor de 17 anos foi presa em um shopping, na esquina da Avenida Brasil com a Rua Bento Gonçalves, no Centro, enquanto fazia a venda de 90 comprimidos de sibutramina e a outra mulher foi presa em uma banca de camelô na Praça Tochetto, também enquanto realizava uma venda de 90 comprimidos. A operação contou com o apoio de uma policial feminina da Brigada Militar.

De acordo com informações da Polícia Federal, as mulheres já vinham sendo monitoradas pela venda irregular de medicamentos para emagrecer e o fato de este ter se tornado um crime comum faz com que a partir de agora a Polícia Federal intensifique as investigações deste tipo de delito. Segundo informações preliminares dos depoimentos das acusadas, os medicamentos seriam provenientes do Paraguai.

A menor de idade foi conduzida à Delegacia da Polícia Federal, prestou depoimento e foi entregue aos pais. A outra mulher, autuada em flagrante, foi recolhida ao Presídio Regional de Passo Fundo após prestar depoimento.

A venda deste tipo de medicamento só é permitida com receita médica. A pena para quem comercializa este tipo de remédio ilegalmente é de 10 a 15 anos de prisão. Junto com os comprimidos, os policiais também apreenderam os telefones celulares das acusadas. Os medicamentos passarão por perícia e deverão ser destruídos posteriormente.

Sibutramina foi proibida na Europa
A sibutramina é indicada para redução do peso, no tratamento da obesidade e deve ser usada em conjunto com uma dieta, exercício físico e uma reeducação alimentar, só devendo ser tomada se a orientação alimentar e a atividade física não forem suficientes para atingir a redução de peso desejada. O Brasil é o país que mais consome remédios para emagrecer em todo o mundo.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), proíbe a importação da substância. No Brasil, ela é classificada como medicamento sujeito a controle especial e a sua venda exige a retenção de uma via da receita, numerada e emitida pelos órgãos de Vigilância Sanitária locais, por meio de gráficas autorizadas. O produto passou a ser vendido com tarja preta em vez de vermelha, e de caráter totalmente restritivo nas farmácias e drogarias. Na Europa, a venda do medicamento está proibida pela desde janeiro de 2010. Nos Estados Unidos, o medicamento teve sua venda restrita após pesquisas comprovarem que ele causaria enfartos e derrames e depois também teve a comercialização proibida. 

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