O casal de empresários gaúchos, um homem de 34 anos e uma mulher de 35, que vive na Bahia e que teria tentado comprar um recém-nascido no fim de janeiro, em Passo Fundo, deverá se apresentar à polícia nesta semana.
De acordo com o advogado de defesa do casal, Guilherme Rodrigues Abrão, para que o casal se apresente, falta apenas a revogação do pedido de prisão preventiva, expedido pela 2ª Vara Criminal de Passo Fundo. “Foi um mal-entendido. Em nenhum momento meus clientes quiseram comprar a criança como uma mercadoria”, afirmou.
Também segundo Abrão, o que aconteceria seria uma adoção consensual, em que a mãe biológica alegava não ter condições de criar a criança, e estava disposta a entregar o bebê aos pais adotivos, porém, sem nenhum acordo financeiro. O advogado acredita que o casal possa responder ao processo em liberdade. “Eles possuem um emprego lícito e residência fixa há mais de cinco anos. Desta forma, preenchem os requisitos para que o pedido de prisão preventiva seja revogado e eles possam responder em liberdade”, disse.
Outro cliente de Abrão, um advogado, de 32 anos, que havia sido preso durante o momento da negociação da compra da criança e estava cumprindo prisão domiciliar em um hotel em Passo Fundo, teve a prisão revogada e já retornou à Bahia. Outras duas mulheres, acusadas de serem as intermediárias da negociação, também foram presas.
Segundo a mãe da criança, que desistiu de entregar o bebê para adoção após o parto, o casal passou a pressioná-la para que cedesse a criança e ofereceu R$ 6 mil, que seriam pagos em duas vezes, sendo a primeira parcela no momento da entrega do bebê e a segunda em um prazo de três meses. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), investiga outros casos de compra de crianças nesses mesmos moldes em Passo Fundo.
Casal acusado de tentar comprar bebê deve se apresentar
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