Medo e insegurança na Vila Rodrigues

Estabelecimentos comerciais que ficam a poucos metros da sede do Comando Regional do Planalto e são alvos constantes de assaltantes

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Gerson Urguim/ON

Comerciantes da Rua Coronel Pellegrini, na Vila Rodrigues estão assustados e inconformados com a insegurança no local. Quase todos os estabelecimentos comerciais situados entre os cruzamentos com as ruas General Prestes Guimarães e Campos Sales já foram vítimas de assaltantes. A mais recente ação dos criminosos aconteceu na tarde de terça-feira (15), quando um supermercado da região foi assaltado por um homem armado. A empresa não quis se manifestar a respeito do caso, mas esta última ação dos bandidos abre precedentes para a questão. Por que, mesmo situando-se a poucos metros do Comando Regional do Planalto, da Brigada Militar, a região é tão visada pelos assaltantes?

As explicações são várias e todas soam plausíveis. Segundo o capitão Marcos Aneris, comandante do 3° RPMon da Brigada Militar, o policiamento já está sendo intensificado na região, com o intuito de resolver o problema da insegurança, ou pelo menos reduzi-lo. “Nosso objetivo é identificar e, se possível, prender estas pessoas que estão realizando estes assaltos. Com uma presença maior da Brigada Militar, a pessoa que tiver más intenções vai ao menos pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa”, explicou. Na tarde de quarta-feira (16), uma guarnição de policiais a cavalo atuou no local.

Nem a igreja escapou
Antes do assalto ao supermercado, outros estabelecimentos também já haviam sido alvos dos ladrões. Uma loja de confecções que fica na esquina da Rua Coronel Pelegrini com a Rua Carlos Gomes foi assaltada no dia 21 de janeiro. Segundo a proprietária, que preferiu não se identificar, dois homens entraram na loja armados com revólveres, rendendo a empresária e uma funcionária e trancando-as no banheiro. Os ladrões roubaram várias peças de roupas fugiram em direção à Vila Cruzeiro. Para ela, a sensação é de revolta. “É revoltante o descaso com a nossa região. Estamos completamente abandonados”, disse. E acrescentou. “Os ladrões fazem isso porque têm certeza da impunidade. Ninguém foi atrás deles”.
Uma loja de informática que fica ao lado, também foi alvo de ladrões. E mais de uma vez. Tanto que os funcionários atendem aos clientes com as portas trancadas. Para entrar na loja, é necessário acionar o interfone. “Na última vez em que fomos assaltados levaram equipamentos de informática e objetos pessoais, como telefones celulares. Agora temos câmeras dentro da loja para nos sentirmos mais seguros”, disse a proprietária, que também não quis se identificar. Segundo ela, o bairro cresceu muito nos últimos anos e o fluxo de pessoas aumentou bastante. “A impressão que dá é a de que é muito fácil roubar. O bandido te assalta e depois atravessa a rua espera o ônibus normalmente. Precisamos de mais policiamento aqui”, revelou.

Até mesmo a Paróquia Santa Terezinha, que fica nas proximidades já foi alvo dos bandidos. Apesar de o fato ter ocorrido a mais tempo, motivou uma mudança na secretaria da igreja, que também adotou o sistema de interfone para identificar as pessoas que procuram seus serviços.

Vereador pede câmeras de vigilância

O vereador José Eurides de Moraes (PSB), entrou com um pedido de providências, junto à Câmara de Vereadores. O documento pede a instalação de uma câmera de vigilância no cruzamento da Rua Coronel Pelegrini com a Rua General Prestes Guimarães. O documento alerta para o fato de no local e próximo dali existirem estabelecimentos comerciais e instituições de ensino.

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