Presídio Regional de Passo Fundo abriga 60 mulheres

Grande maioria das apenadas está presa por tráfico de drogas, em geral por continuar a atividade desempenhada pelos cônjuges ou companheiros presos.

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Gerson Urguim/ON

De acordo com dados atualizados pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) no último dia 28 de fevereiro, a população carcerária no Estado do Rio Grande do Sul era de 30.629 pessoas, sendo 2.086 mulheres, embora esses números mudem a cada dia.

Destas mais de duas mil mulheres encarceradas no Rio Grande do Sul, cerca de 60 delas estão no Presídio Regional de Passo Fundo, dividindo três alojamentos dentro da unidade prisional, próximos às salas de aula, sem que exista alguma identificação de que naquele local há mulheres cumprindo pena.

Assim como a grande maioria dos presídios nacionais, as mulheres, apesar do número pequeno em comparação com os homens, também acabam sofrendo com a superlotação das penitenciárias.

Segundo o diretor do Presídio Regional de Passo Fundo, Carlos Jovêncio Dornelles de Oliveira, o único contato que as mulheres têm com os homens presos é no momento das visitas.  O cotidiano das mulheres dentro do presídio não difere dos homens, a única diferença é que na ala onde fica o alojamento feminino, a segurança nos corredores é feita por duas agentes penitenciárias.

As apenadas contam com o serviço das assistentes sociais e uma psicóloga para tentar minimizar as conseqüências que o tempo passado no cárcere podem trazer. A maioria das mulheres está no presídio por tráfico de drogas, em geral, por tentarem manter o comércio de drogas de seus companheiros quando estes são presos.  

Para a assistente social, Anabel Bonfim, o trabalho desenvolvido com as detentas é diferenciado em relação ao serviço prestado aos homens. “O número de mulheres, por ser menor, permite um atendimento individual”, disse.

Durante a Semana da Mulher, a Coordenadoria da Mulher de Passo Fundo organizou dois dias para cuidar da beleza das apenadas, oferecendo serviços de manicure, estética facial, maquiagem, tratamento capilar, além de orientação sobre aids e distribuição de preservativos, a atividade foi permitida pela primeira vez.

A psicóloga Miriane Schmitz conta que o maior problema enfrentado pelas mulheres dentro do presídio é a distância da família. “A dificuldade maior que elas sentem é principalmente a separação dos filhos, a distância da família”, afirmou.

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