Gerson Urguim/ON
Na última segunda-feira (28), quatro coletivos foram assaltados em Passo Fundo, com um intervalo de menos de 24 horas.
O primeiro roubo ocorreu por volta das 8 horas da manhã, em um ônibus que fazia a linha Santa Marta-Entre Rios. Na rua Pereira Gomes, na Vila Donária, um homem armado com um facão embarcou no ônibus e anunciou o assalto, fugindo em direção a um terreno baldio.
Já no segundo assalto o ladrão foi capturado pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE). A guarnição fazia o patrulhamento pelo bairro Nenê Graeff quando avistou um jovem correndo em atitude suspeita pela rua Alda Ramires. Ao ser abordado, foi encontrado junto com o jovem de 19 anos uma faca de 15 centímetros, vales transportes e dinheiro.
A guarnição observou um coletivo urbano parado na avenida Alceu Laus e o cobrador relatou que havia sofrido um assalto naquele momento. O assaltante foi preso em flagrante e conduzido para o presídio.
À noite, por volta das 20h20, outro coletivo foi alvo de ladrões, desta vez na Avenida Brasil, no bairro Petrópolis. Um homem embarcou no ônibus que fazia a linha Vila Luiza-Universidade, em um ponto próximo à agência dos Correios e armado com uma faca anunciou o assalto, levando dinheiro e passagens. Após o assalto, o homem fugiu.
Pouco tempo depois, a Brigada Militar recebeu outra ocorrência de roubo a coletivo, dessa vez na rua Canoas, no bairro Valinhos, no ônibus que fazia a linha Valinhos-Universidade. Um homem armado com uma faca entrou no ônibus enquanto outro dava cobertura do lado de fora.
Segundo o diretor da Codepas, Saul Spinelli, o roubo aos ônibus havia diminuído, mas vem novamente aumentando. “Em um passado recente nós tínhamos muitos assaltos. Havia um problema maior no bairro Integração, onde todas as linhas de ônibus que fazem a rota naquela região, são nossas”, explicou.
Para Spinelli, em alguns locais os ônibus são mais propícios a serem alvos dos ladrões por ficarem próximos a pontos de vendas de drogas. “Os valores roubados são pequenos, o que demonstra que são ladrões ‘de galinha’”, disse.
Com o intuito de evitar este tipo de delito, a empresa pública planeja a implantação da bilhetagem eletrônica. “Desta forma, se não abolirmos definitivamente o dinheiro e o vale transporte nos ônibus, pelo menos a quantidade reduzirá consideravelmente”, afirmou o diretor da Codepas.
O comandante do 3º RPMon, da Brigada Militar, major Zanotelli, afirmou que a Brigada Militar trabalha junto às empresas em casos de crimes como estes, e que os policiais são orientados a estarem sempre atentos a este tipo de ocorrência. “Temos várias formas de tratar deste problema, também trabalhamos junto às empresas na tarefa de identificação dos autores dos assaltos. Mas já constatamos que quando alguns destes assaltantes são presos, o número de assaltos a ônibus diminui”, esclareceu.
O major também afirmou que na maioria dos casos os roubos servem para financiar o consumo de drogas. “Apesar do valor pequeno que é roubado dos coletivos, a situação acaba expondo as outras pessoas que estão no ônibus ao risco de algo mais grave acontecer”, explicou.