Gerson Urguim/ON
O assassinato de um apenado do regime semiaberto na noite de sábado (9) na Rua Ana Neri, no bairro São Luiz Gonzaga, em frente ao Presídio Regional de Passo Fundo acendeu o alerta para uma questão sobre a segurança na área em que está instalada a penitenciária.
De acordo com as informações da polícia os sete disparos com uma arma calibre 380 que mataram Ricardo Soares, de 24 anos teriam sido efetuados por dois indivíduos que estavam dentro de um Gol azul, no Bairro São Luiz Gonzaga, próximo ao Presídio Regional de Passo Fundo. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Além dele, outro homem de 32 anos foi atingido por um dos projéteis. Ele foi encaminhado ao hospital e não corre risco de morte. Foi o 15° homicídio do ano em Passo Fundo.
A vítima cumpria pena em regime semiaberto e aguardava o horário de entrada no presídio quando foi alvejado. Na tarde de segunda-feira (11), ainda havia marcas de sangue no asfalto em frente à penitenciária.
Não é o primeiro caso de apenados que são vítimas de tentativa de homicídio. No dia 23 de fevereiro, um apenado do regime semiaberto, de 23 anos levou dois tiros enquanto chegava ao presídio. Ele sobreviveu ao atentado.
Existe um projeto de instalação de câmeras de segurança no local, e segundo o secretário municipal de Segurança Pública, está em processo de licitação. “Acreditamos que até o início do segundo semestre as câmeras estejam instaladas nos pontos definidos”, afirmou.
O secretário também disse que os pontos onde as câmeras seriam instaladas foram relocados para atender plenamente às necessidades do local. “Além de combater este tipo de ação, as câmeras também ajudarão a coibir os arremessos de drogas e celulares. A intenção é reduzir o máximo possível estes problemas, já que é uma área de segurança”, explicou.
Susepe implantou horários diferenciados para evitar acertos entre detentos
De acordo com o delegado titular da 4ª Delegacia Penitenciária Regional, José Marlei Frighetto, existem formas de combater esta prática, que não é exclusiva do Presídio Regional de Passo Fundo. “Isto acontece em diversas penitenciárias. O que podemos fazer é organizar horários diferenciados de entrada e saída de alguns apenados, também fiscalizar as entradas e saídas, averiguar em que condições o apenado se encontra. No mundo do crime existem formas de cobrar as dívidas. Estas alterações de horários são autorizadas judicialmente e funcionam como um paliativo que ameniza o problema”, disse.
