3° BOE completa seis anos

Batalhão de Operações Especiais foi instalado em Passo Fundo em 17 de maio de 2005 e atualmente é comandado pelo major André Luís Ottonelli Pitham.

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Gerson Urguim/ON

Criado através de um decreto do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, no dia 25 de abril de 2005, o Batalhão de Operações Especiais de Passo Fundo completa nesta terça-feira (17), seis anos de existência. O Batalhão tem como missão apoiar os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva do Planalto, Serra, Fronteira Noroeste e Missões, que no total compreendem 256 municípios em eventos especiais. Além disso, busca controlar os distúrbios sociais, garantindo a segurança física e patrimonial da população e atuar na repressão ao crime organizado e aos criminosos com maior potencial de agressividade e que trazem maior intranqüilidade à região, como, por exemplo, invasões de terra, assaltos a bancos, situações com reféns localizados, entre outras situações.

Primeira missão
Poucos dias após a instalação em Passo Fundo, o 3° BOE já teve a primeira missão importante, que foi a repressão a uma rebelião no Presídio Regional de Passo Fundo. “Nós tínhamos a informação de que existia a possibilidade de rebelião no presídio, ficamos de prontidão na nossa sede. Tivemos que atuar, controlar a situação dentro dos meios legais, com uso de agente químicos, e conseguimos. Após isso não houveram mais casos dessa gravidade. Em geral o que fazemos também é, após o controle da rebelião, revistar todos os presos e todas as celas ”, explicou o capitão Rogério Navarro, que atua no Batalhão desde a criação.

O Batalhão atuou no último domingo (15), após a final do Campeonato Gaúcho, nas ruas do Centro de Passo Fundo, coordenando o trânsito e efetuando o patrulhamento para evitar tumultos entre torcedores.

Atualmente o 3° BOE conta com 120 policiais, sendo dez mulheres, e é também dividido em duas companhias, sendo cada uma delas dividida em dois pelotões. Quando não existem missões a serem cumpridas, as atividades são realizadas em Passo Fundo. “Na medida do possível mantemos 24 horas de patrulhamento de rotina”, disse o capitão.

De acordo com o capitão Navarro, o policial que desejar ingressar no Batalhão deverá atender a alguns requisitos básicos. “O servidor que deseja servir junto ao Batalhão de Operações Especiais deve estar ciente da sua missão. Os componentes têm horário de saída da sua casa, do convívio com os familiares, mas não tem horário para retornar. Tem que ser uma pessoa com controle psíquico, que acima de tudo preze pelo respeito à legalidade e também pelos direitos humanos e preservação da vida. E também em relação à condição física, não pode ser sedentário.”, afirmou.

Preparação
A preparação dos novos membros do 3° BOE acontece a partir do acompanhamento das ações do Batalhão. “Existe um treinamento inicial, breve, de uma semana, em que o servidor acompanha a nossa atividade. Além do treinamento físico temos o treinamento específico em abordagens, controle de distúrbios civis, entrada em locais de riscos, tomada de pontos, locais onde estejam ocorrendo delitos, utilização de agentes químicos e técnicas de patrulhamento e utilização de agentes químicos e a própria defesa pessoal, já que o nosso objetivo é sempre que tiver que abordar alguém se tiver que imobilizar, é fazer isso utilizando a técnica causando a menor lesão possível”, esclareceu o capitão.

Recentemente os policiais também passaram a utilizar a pistola teaser, que dispara uma descarga elétrica que imobiliza a pessoa atingida. “É o que temos utilizado em ocorrências onde exista uma pessoa mais alterada, até mesmo para preservar a integridade física dela”, explicou. Os membros do Batalhão fazem entre duas a três vezes por semana treinamento físico. Dentro da sede do 3°BOE, localizada no antigo quartel do Exército, há um tatame, onde os policiais treinam defesa pessoal, saco de areia, aparelhos de musculação, onde os policiais cuidam da preparação física.

O 3° BOE conta também com uma divisão de cães treinados para situações de confronto e farejamento de entorpecentes. 

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