Comando da BM nega falha em negociação de cárcere privado

Após 16 horas de cerco em casa de Guaíba, homem atirou contra ex-mulher e cometeu suicídio

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De acordo com o comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Sergio Abreu, não houve falhas na atuação da polícia no cárcere privado que resultou em duas mortes em Guaíba. O coronel atribuiu o desfecho da negociação à atitude inesperada do homem, que configurou crime passional. Em entrevista coletiva, Abreu destacou também a dificuldade de acesso à casa pela posição no terreno. Cleomar Antônio da Silva, 36 anos, manteve a ex-companheira Luciana Rodrigues Souza, 28, sob a mira de uma arma por cerca de 16 horas. 

Segundo o comandante, a porta de ferro e o acesso ao imóvel atrapalharam a atuação dos policiais. O coronel justificou também que um crime passional é sempre mais difícil de resolver, pois a reação dos envolvidos é imprevisível. Abreu explicou que havia atiradores de elite posicionados em torno da casa, mas Silva não chegou a ficar exposto para ser rendido pelos policiais.

No último contato com a BM, o homem disse que iria se render, mas surpreendeu os agentes quatro minutos depois ao efetuar três disparos. Em seguida, a Brigada Militar invadiu a casa e as vítimas foram levadas ao hospital. A morte de ambos foi confirmada minutos mais tarde.

 O casal estava separado e tinha duas meninas. Segundo a polícia, Luciana havia registrado uma ocorrência denunciando um suposto assédio de Cunha à filha mais velha dela, fruto do primeiro casamento.

Por volta das 15h30min desse domingo, o casal teria se encontrado em um posto de combustíveis. Os dois teriam brigado e seguido até a casa onde a mulher morava. No local, Silva decidiu manter a ex-companheira sob a mira de uma arma.

A Brigada Militar iniciou a negociação com o homem através de ligações telefônicas, efetuadas de uma em uma hora. Silva recebeu cigarros e havia a possibilidade de a luz ser cortada para forçar uma rendição.

Fonte: Rádio Guaíba

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