Gerson Urguim/ON
A Brigada Militar divulgou os números da criminalidade em Passo Fundo no primeiro semestre de 2011. Em comparação ao ano passado, os índices são menores do que os registrados no primeiro semestre de 2010. No entanto, o que chama a atenção é o aumento de 400% nos registros de ocorrências de tráfico de drogas. “Isto significa que a nossa atenção a este tipo de crime dá resultado, já que, combatendo o tráfico de drogas diminuímos o furto qualificado, o roubo a pedestre, o roubo a transporte coletivo, entre outros”, disse o capitão Jeferson Miguel da Silva, comandante do Policiamento Comunitário. No primeiro semestre de 2010 foram 15 ocorrências e em 2011 foram 72.
Também de acordo com o capitão Da Silva, apesar, de estar em evidência, devido aos acontecimentos recentes, o índice de roubo aos ônibus urbanos também caíram. “Tivemos redução de 26%. O que acontece é que agora o pessoal que comete este tipo de delito tem agido com mais violência. Isto porque os autores são usuários de drogas e o ônibus é um alvo fácil. O criminoso só pensa em ter algo para obter a droga, seja o vale transporte ou dinheiro, então se ele tiver que dar uma facada no cobrador ele não pensará duas vezes”, explicou.
Os índices de homicídios, roubo de veículos, furto qualificado, roubo a lotéricas, estabelecimentos comerciais, prisões de foragidos, apreensão de armas de fogo também tiveram uma redução em relação ao ano passado.
O único delito, de acordo com os dados apresentados pela Brigada Militar, que teve um aumento de registros foi o furto de veículos. “O aumento é inexpressivo (5%). Como houve um aumento do número de prisões e queda significativa dos números de roubos de veículos, pela ação preventiva, eles (os criminosos) têm de se utilizar de outros meios. A redução destes índices não acontece em seis meses. É um processo que vem desde anos anteriores”, esclareceu o capitão Da Silva.
Para o capitão, a redução destes índices de criminalidade foi obtida através de um trabalho conjunto entre as forças de segurança. “A segurança pública não existe somente através da Brigada Militar. São diversos fatores, como o trabalho da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança do município. A proximidade do patrulhamento, o estudo do setor de inteligência nos ajuda a saber onde colocar o policiamento. Hoje em dia, nossos profissionais são muito qualificados e o reflexo é sentido na própria comunidade”, finalizou