Gerson Urguim/ON
Um jovem foi encontrado morto na manhã de segunda-feira na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Cruzeiro. O rapaz, aparentando ter 30 anos foi executado com um tiro nas costas e três na cabeça. No local não foram encontrados documentos e a vítima ainda não foi reconhecida. Segundo moradores das proximidades, tiros foram ouvidos por volta das 4h30. A Equipe Volante da Polícia Civil e a equipe do Instituto Geral de Perícias estiveram no local para o levantamento. Foi o segundo homicídio em 24 horas em Passo Fundo.
Apesar deste dado, o número de pessoas assassinadas em Passo Fundo este ano teve uma redução em comparação ao mesmo período de 2010. De acordo com dados da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil, este tipo de crime caiu 30,3%. A Polícia contabiliza 23 homicídios e três latrocínios, enquanto em 2010 foram 33 homicídios e um latrocínio (roubo seguido de morte).
De acordo com a delegada Daniela de Oliveira Minetto, titular da 1ª Delegacia de Polícia, a redução destes índices passa por uma ação mais efetiva das forças de segurança. “A atuação mais efetivas da Polícia Civil, da Brigada Militar e da Susepe, e um cuidado maior junto ao Presídio Regional de Passo Fundo. Há alguns anos, o aumento destes crimes aconteceu pelo avanço do tráfico de drogas e acertos de contas no presídio. Nos últimos dois anos aconteceram mortes dos apenados na entrada e saída no semiaberto e estes números foram reduzidos este ano. No ano passado este índice foi bastante alto”, explicou.
A delegada acredita que a queda no número de crimes de acerto de contas tenha contribuído para a redução do índice geral e facilitado o trabalho de elucidação dos crimes. “Este tipo de crime elevava as estatísticas. Quando os homicídios possuem um cunho de passionalidade ou de rixa, sempre fica mais fácil de ser elucidada a autoria. Já nos casos em que existe ligação com o tráfico de drogas, ou acerto de contas entre apenados, independentemente do motivo, temos que lutar contra ali do silêncio, já que nestes casos ninguém viu nada, ninguém sabe de nada. Ninguém quer se envolver, as pessoas têm medo”, esclareceu.
