Osso humano é encontrado em encomenda nos Correios

Material saiu do município de Estação e estava endereçado para Clevelândia, no Paraná

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Agentes da Equipe Volante da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, coordenados pelos delegados Gilberto Mutti Dumke e Diego Dezorzi estiveram no Centro de Tratamento de Encomendas da Agencia dos Correios, situado na Avenida. Brasil, no bairro Petrópolis a fim de checarem caixa de isopor com encomenda suspeita.

A encomenda, que saiu do município de Estação no dia 31 de agosto, foi avaliada na máquina de raio-x, que identificou algo parecido com um osso dentro de uma caixa. A funcionária dos Correios acionou a Vigilância Sanitária, que enviou um técnico para averiguar o conteúdo da caixa e acabou confirmando tratar-se de um osso humano, mais precisamente a parte superior de um fêmur, em adiantado estado de decomposição, porém apresentando restos de tecidos, como músculos e nervos.

A encomenda estava endereçada a uma mulher residente em Clevelândia no Paraná. A polícia agora tenta identificar o remetente, já que o nome na caixa apreendida estava ilegível, apenas um primeiro nome tem condições de ser lido, porém, pode ser um remetente falso. Um exame grafológico pode fazer com que o nome do remetente seja decifrado.

Segundo o delegado Diego Dezorzi, a princípio, a situação não caracteriza nenhum crime, porém é necessário que haja uma investigação. “Por enquanto o fato não possui tipificação. Ainda é cedo para falar em algum delito específico. Eventualmente, se for, por exemplo, identificado que alguma sepultura tenha sido violada, até mesmo pelo estado em que se encontra o material e pelo corte irregular do osso”, disse o delegado.

Outra medida tomada será a identificação do destinatário da encomenda, e, a partir disto, descobrir quem é o remetente e como se conseguiu o material. “Pode envolver algum delito da lei dos transplantes, mas é pouco provável, devido ao adiantado estado de decomposição neste caso teria de ser em alguma pessoa viva”, explicou o delegado.

O osso foi enviado para o Departamento Médico Legal, onde será analisado para um eventual exame de DNA além de posteriormente ser encaminhado ao setor de antropologia forense.  

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