Polícia Federal deflagra Operação Açores

Delegacia de Passo Fundo cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em três municípios

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A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira (15), a Operação Açores, para desarticular quadrilha que atuava no tráfico internacional de drogas, armas e munições, que ingressavam no Brasil pela fronteira com a Argentina e Paraguai para serem comercializadas na região da Grande Porto Alegre e no Vale do Sinos. A operação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) contou com um efetivo de 60 agentes.
Os policiais cumpriram 14 mandados de busca e oito de prisão preventiva para serem cumpridos nas cidades gaúchas de Canoas, Seberi, Frederico Westphalen, Vicente Dutra e em Foz do Iguaçu no Paraná, além de 11 mandados de apreensão de veículos. A Polícia Federal de Santo Ângelo também participou da operação.
A Delegacia da Polícia Federal de Passo Fundo atuou nas cidades de Seberi, Frederico Westphalen e Vicente Dutra, onde foram apreendidos carros e três pessoas foram presas, dois homens e uma mulher, sendo dois deles em Seberi e outro em Vicente Dutra.
Além das prisões os policiais apreenderam uma caminhonete Silverado preta, uma S10 branca com um fundo falso na carroceria, um Audi A4, um Honda Fit azul e um Polo preto, juntamente com um reboque e um jetski. 
A operação teve início em janeiro deste ano, e no total, foram presas 21 pessoas, e apreendeu cerca de 507 quilos de maconha, um quilo de cocaína e armas de diversos calibres, além de munição.
Segundo o delegado titular da Polícia Federal de Passo Fundo, Fabrício Argenta, a quadrilha usava estas cidades como entreposto para armazenar e continuar o transporte da droga até o destino final. “A droga vinha do Paraguai, através da fronteira com o Paraguai, pelo lago de Itaipu e era trazida até Seberi e depois distribuída na região metropolitana e no Vale do Sinos. Também existia uma conexão que transportava a droga pela Argentina, através do Rio Uruguai, na cidade de Porto Soberbo e na cidade de El Soberbo, do lado argentino”, explicou o delegado.
Também conforme o delegado Argenta, não existem ainda indícios da participação na quadrilha de alguém residente em Passo Fundo. “Este grupo não possui vinculação com ninguém de Passo Fundo. Aqui era somente uma rota de passagem para chegar até a região metropolitana”, esclareceu.
O grande volume de drogas, armas, munição e de prisões efetuados pela Polícia Federal durante todo o período da operação chama a atenção. Somente em uma apreensão ocorrida no dia 28 de março, envolvendo a mesma quadrilha, em Ronda Alta, foram 365 quilos de maconha, que eram transportados em um Honda Civic com as placas clonadas. Ao longo dos oito meses de investigações, também foram realizadas apreensões e prisões em Porto Alegre e em Canoas.
Ainda de acordo com o delegado, a participação dos agentes de Passo Fundo pode se estender ainda em outras diligências necessárias. “Estamos à disposição. Com certeza a investigação irá se estender até a conclusão do inquérito pela DRE”, afirmou.
Muitos dos presos, após serem recolhidos, continuavam no comando do tráfico utilizando telefones celulares de dentro dos presídios. No Presídio Central, em Porto Alegre, os policiais apreenderam os telefones utilizados pelos detentos na comunicação com os outros traficantes. Eles serão transferidos para prisões de segurança máxima. As três pessoas presas pela delegacia de Passo Fundo foram recolhidas ao Presídio Regional no bairro São Luiz Gonzaga.

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