A descoberta de que um detento estava utilizando o celular para atualizar uma página da rede social ( Facebook), expôs mais uma vez a falta de um sistema eficiente no Presídio Regional de Passo Fundo para barrar a entrada dos aparelhos. As estatísticas justificam a fragilidade. Um dado da própria direção revela que, de fevereiro até agora, foram apreendidos 143 celulares dentro das celas. A maioria deles chega aos presos através de uma prática bastante conhecida: o arremesso feito da rua para o pátio, durante o banho de sol. Para evitar danos, os aparelhos são protegidos com pedaços de espumas e fitas adesivas. Além dos arremessos, os celulares também são levados para dentro do presídio por familiares dos presos.
A descoberta de que um presidiário estaria postando material no Facebook ocorreu a partir de uma denúncia repassada via-email para os órgãos de imprensa na segunda-feira. Cumprindo pena por tráfico, o preso postava fotos do presídio e fazia novas amizades virtuais. Diretor do presídio, Ricardo Jovencio de Oliveira, afirma que o aparelho foi apreendido e preso levado para uma cela disciplinar, onde permanecerá por pelo menos 30 dias. Durante esse período, não terá direito ao pátio e nem poderá receber visitas. Ele responderá a um inquérito e também a um Procedimento Administrativo Disciplinar. “Realmente ele foi muito audacioso” diz Oliveira. O diretor reconhece a dificuldade em evitar a entrada dos celulares na casa prisional. “A Brigada já realizou diversas prisões durante os arremessos, mas a prática continua. Algumas mulheres entram com o aparelho escondido nas partes íntimas durante as visitas. Essa é outra prática conhecida e difícil de ser combatida” afirma.
Presidiário que atualizava rede social com celular está em cela disciplinar
· 1 min de leitura