Adriano da Silva mais uma vez no banco dos réus

Este será o último julgamento da série de nove assassinatos praticados por Adriano na região norte do Estado, entre 2002 e 2004

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O paranaense Adriano da Silva será submetido hoje, a um novo julgamento pela morte do menino Volnei Siqueira dos Santos, 12 anos, ocorrida em 9 de julho de 2003, em Passo Fundo. Ele responde por homicídio duplamente qualificado. Em 2007, Adriano já havia sido julgado e condenado pelo mesmo crime a uma pena de 32 anos e 15 dias de reclusão. O advogado Inácio Diehl Borges Guerreiro recorreu da decisão alegando cerceamento de defesa. Na época, segundo ele, o defensor público responsável pelo caso não teria comparecido em duas audiências para defender seu cliente. A tese foi acolhida pelo Tribunal de Justiça do Estado que anulou o júri e solicitou novas instruções.
     O júri marcado para as 9h, no Fórum de Passo Fundo, será o último da série de nove assassinatos praticados por Adriano na região norte do Estado, entre 2002 e 2004. Juntas, as penas somam 195 anos de prisão. O réu também tem uma condenação de 27 anos, por um latrocínio praticado no Paraná, totalizando 222 anos. Pela legislação brasileira, o tempo máximo que uma pessoa pode permanecer presa é de 30 anos. Recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas – Pasc – desde 2004, Adriano já cumpriu sete anos desse total.  A sessão de hoje será presidida pelo juiz Márcio César Sfredo. Na acusação, atuará o promotor Diego Mendes de Lima, e na defesa, o advogado Inácio Diehl Borges Guerreiro.

Caso Volnei
 O vendedor de rapaduras Volnei Siqueira dos Santos, 12 anos, foi morto em 9 de julho de 2003. A Polícia Civil chegou a indiciar sete meninos como sendo os autores do crime. Segundo a polícia, eles teriam confessado e revelado detalhes da morte do menor. Posteriormente, denunciaram ter confessado sob tortura. A Corregedoria de Polícia instaurou sindicância. O grupo acabou sendo indiciado e recolhido por 62 dias no Centro de Atendimento Sócio Educativo. Mais tarde, o Instituto Geral de Perícia comprovou, através de exame de DNA, que as secreções encontradas nas roupas e no corpo de Volnei eram de Adriano. O menino sofreu traumatismo craniano, asfixia e abuso sexual. O garoto desapareceu em 9 de julho de 2003 e foi encontrado morto uma semana depois no interior de um matagal, às margens da estrada perimetral sul, distante cerca de 8 km do centro de Passo Fundo.

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