Oito cães foram encontrados mortos durante a manhã de segunda-feira (10), no antigo quartel do Exército. Os animais viviam no local e eram tratados por funcionários da prefeitura que trabalham ali.
Todos os cães foram envenenados, mas ainda não foi possível esclarecer o tipo de veneno utilizado para matar os animais. Segundo a coordenadora do Bem Estar Animal da Secretaria do Meio Ambiente e presidente do Clube dos Amigos e Protetores dos Animais (Capa), Zulma Marques, os animais eram todos castrados, vacinados e moravam no quartel após terem sido abandonados pelos donos depois que foram levados para atendimento veterinário, que é disponibilizado no local. “Eles viviam no quartel já há algum tempo, alguns, inclusive, eram animais já idosos, não incomodavam ninguém. O que chama a atenção é a forma gratuita com que isso foi feito. Os animais serviam, inclusive, como companhia aos guardas noturnos do quartel. Acredito que alguém lá dentro tenha se sentido incomodado com a presença dos animais e resolveu dar um fim a eles”, afirmou.
Uma equipe de fiscais da Secretaria do Meio Ambiente esteve no local durante a manhã e também à tarde para tentar desvendar a morte dos animais. Também de acordo com Zulma, desde o começo do ano, mais de 100 cães foram mortos por envenenamento com chumbinho, que tem a comercialização proibida em todo o país. “Uma pequena dose deste veneno é capaz de matar um ser vivo de até 80 quilos. No bairro São José, onde muitos animais foram mortos desta maneira, quem deu veneno aos cães, em alguns casos, atirava a comida envenenada para dentro do pátio onde os animais estavam. Imagine se uma criança chega a colocar isso na boca. É muito perigoso”, disse.
A presidente do Capa também disse que a morte por este tipo de envenenamento é muito dolorosa para os animais. “Deveria haver uma investigação. Se este tipo de veneno tem a comercialização proibida, como alguém pode ter esse fácil acesso a ele? Alguém está vendendo”. Todos os animais mortos foram enterrados.
