Agentes penitenciários evitaram uma fuga de cerca de dez presos do Presídio Regional de Passo Fundo na noite de quinta-feira (27). Depois de ouvirem um barulho e ao realizarem uma vistoria, os agentes encontraram um furo entre duas celas. A ação foi descoberta por volta das 21h30.
De acordo com o chefe da segurança do Presídio Regional de Passo Fundo, os presos que ocupavam as celas 12 e 14 da galeria C já possuíam históricos de tentativas de fugas, por isso as celas são monitoradas.
Os presos fizeram um buraco no teto que dava acesso da cela 12 para a 14. O próximo passo seria fazer um buraco no teto da cela 12 para ter acesso ao forro.
Apesar do plano ousado, a probabilidade de algum dos apenados conseguirem sair do Presídio Regional de Passo Fundo não era muito grande, já que, após acessar o forro, o preso teria que quebrar as telhas que cobrem a penitenciária, atravessar um terreno de arame farpado e passar pelo muro, que possui alarme.
Ainda conforme o chefe de segurança, os dois apenados que assumiram a autoria dos buracos já estão em celas disciplinares, onde permanecerão por cerca de 30 dias. Já existe o pedido de remoção destes apenados para outras penitenciárias o mais breve possível. No local eles não têm direito a visitas, banho de sol, televisão ou rádio.
O chefe de segurança também contou que já presenciou oito tentativas de fuga, porém poucos conseguem de fato sair da penitenciária. Ele também afirma que nesta época do ano as tentativas de fuga aumentam muito em relação ao resto do ano. “A partir de agora teremos outras tentativas. Durante o dia trabalhamos nos movimentando e à noite ficamos concentrados aguardando a próxima ação dos apenados”, explicou ele que não é identificado por questões de segurança.
Um dos acusados já conseguiu fugir em outra oportunidade do Presídio Regional de Passo Fundo, mas foi recapturado pouco tempo depois, após cometer um latrocínio.
Nas celas foram aprendidos vários estoques, feitos com metal utilizado em janelas. Além dos estoques, os presos também tinham um gancho, que serve para ser preso à “jibóia”, a tradicional corda de lençóis utilizadas para fugas, porém, os detentos não tiveram tempo para confeccionar o artefato.