Equipe Volante da Polícia Civil completou o primeiro ano de atividade

Atuação dos agentes sediados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento trouxe mais agilidade no atendimento às ocorrências e cumprimento de mandados

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Criada em outubro de 2010, a Equipe Volante da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) completará um ano nos próximos dias. A equipe tem como finalidade isolar o local dos crimes, recolhendo provas e indícios que irão auxiliar na elucidação dos casos. A primeira Equipe Volante foi criada em Porto Alegre e posteriormente a iniciativa foi estendida aos principais municípios do Estado.

A equipe funciona com quatro grupos de dois agentes e quatro delegados. A atuação da Equipe Volante também acabou refletindo diretamente no atendimento ao público que procura a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para registrar ocorrências. “Antes da criação da Equipe Volante, o atendimento era realizado pelo pessoal que estava de plantão na delegacia. Tínhamos que suspender as atividades na delegacia e deslocar o pessoal para o atendimento das ocorrências e isto tem de ser realizado em duplas. Isto tudo atrasava o atendimento na delegacia. Em uma noite de movimento na delegacia, com trinta pessoas aguardando atendimento, com três agentes fazendo os registros, era necessário deslocar dois para atender ocorrências, que, por exemplo, em caso de homicídio, demanda cerca de uma ou duas horas”, explicou o delegado Gilberto Mutti Dumke, titular da DPPA e coordenador da Equipe Volante. Os delegados Diego Dezorzi, Raquel Kolberg, Venícios Ildo Demartine e Diogo Ferreira também fazem parte da equipe.

A equipe trabalha 24 horas e fica sediada na DPPA. Segundo o delegado Dumke, os agentes também têm sido responsáveis por prisões em flagrante. “A equipe está sempre pronta. Estamos centralizando para a questão do roubo de veículos, que estão acontecendo. Temos condições de identificar pessoas que estejam praticando este tipo de delito”, afirmou. Para realizarem os deslocamentos, os policiais têm à disposição uma viatura completa com todos os equipamentos necessários e uma cela para transporte dos presos.

O delegado também orienta as vítimas deste tipo de crime que realize o registro na própria delegacia. “As pessoas devem vir até a delegacia e fazer o registro. Desta forma, o atendimento é mais rápido, já que ela poderá prestar o depoimento. Temos imagens das pessoas conhecidas por cometerem este tipo de crime e as vítimas podem fazer o reconhecimento e que tipo de perícia deve ser solicitada. A idéia é de que a vítima não precise ficar se deslocando de uma delegacia para outra”, aconselhou.

O alto índice de cumprimento de mandados e apreensões de materiais ligados aos jogos de azar e armas também pode ser considerado como prova da eficiência. “Temos muitas ocorrências de ameaças e lesões corporais que são realizadas com armas. Isto evita um crime de ameaça que pode facilmente evoluir para um crime de homicídio e se agirmos rápidos e realizando a apreensão destas armas podemos evitar algo mais grave”, disse o delegado.

Ainda conforme o delegado, a idéia inicial era a de que a Equipe Volante fosse estendida a todos os 28 municípios da 6ª Região Policial, porém, por falta de efetivo, a medida ainda não pode ser colocada em prática. “Hoje não temos efetivo para isso. Seria uma equipe maior que pudesse atender a todos estes municípios, mas com pouca gente, a qualidade do serviço seria muito baixa e demandaria muito tempo para deslocamento”, esclareceu.

Em relação ao cumprimento de mandados, a atuação da Equipe Volante também tem sido um diferencial. “Obviamente que todos os mandados seriam cumpridos, mas com a Volante, isso tem acontecido muito mais rápido”, avaliou o delegado.

 

Reconhecimento

Dumke também afirma que a comunidade já reconhece a atuação da Equipe Volante e tem ajudado, principalmente com denúncias, no combate à criminalidade. “Quando há uma demanda de crimes graves, a população se preocupa, mas também se sente protegida quando há uma resposta do Estado através das prisões destes criminosos. Dá uma sensação de segurança aos cidadãos. Muitos acabam fazendo as denúncias, ainda que muitas vezes anonimamente, sobre alguma coisa que está sendo investigada, e este é todo um mecanismo que vai gerando uma relação de confiança”, disse.

Esta proximidade com a comunidade também se estabelece em situações, por exemplo, de violência doméstica, em que a vítima necessita ser removida de casa. “Durante a noite e aos finais de semana realizamos este tipo de trabalho também. Além de ser uma das poucas alternativas que a vítima possui para socorro, este tipo de trabalho também é previsto pelo Estado”, explicou.

O delegado plantonista Venícios Ildo Demartini resumiu a atuação da Equipe Volante de forma simples. “É um trabalho conjunto de quatro equipes. O que vem fazendo dar certo é o comprometimento de todos os envolvidos”, declarou.

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