Concurso da BM não deve contemplar Passo Fundo

Região do CRPO-Planalto não consta como destino de novos servidores e ações ainda não sensibilizaram governo

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O edital do próximo concurso para soldado da Brigada Militar, que disponibiliza 1,4 mil vagas para novos servidores, cujas inscrições vão até dia 31, não prevê vagas em Passo Fundo ou mesmo municípios da região de abrangência do CRPO-Planalto. A questão foi levantada pelo deputado Luciano Azevedo (PPS) na primeira semana de janeiro. Conforme o deputado, a reversão do quadro depende da boa vontade do governo do Estado. “Queremos que novos soldados sejam destinados para Passo Fundo e região. A lei prevê que o edital pode ser alterado até a homologação das inscrições que vão até o dia 31 de janeiro e é o período que temos para sensibilizar o governo mostrando a necessidade e urgência da contratação de mais homens. É inaceitável que Passo Fundo fique excluída disto”, explicou.

De acordo com o major Ribeiro da Divisão de Recrutamento, Seleção e Acompanhamento da Brigada Militar, responsável pelo concurso, em um primeiro momento, a maioria das vagas será destinada às regiões com maiores índices de criminalidade. “A Brigada Militar estabeleceu um eixo prioritário de acordo com os índices de criminalidade, que hoje são Porto Alegre e Caxias do Sul. Mas se as pessoas analisarem o edital, ele só demonstra que sejam atendidas as localidades em que existam as necessidades mais prementes de segurança pública. O concurso permite aos aprovados realizarem o curso de formação e, a partir das médias obtidas será definido onde o servidor será incluído”, disse.

Ainda segundo o major Ribeiro, a expectativa é de que, além das 1,4 mil vagas previstas inicialmente, outros 2 mil servidores sejam chamados. “Todas as regiões receberão novos policiais, dentro do planejamento da corporação. O edital é apenas o início de um processo, mas quem serve na Brigada Militar pode trabalhar em qualquer lugar do Estado”, esclareceu.
Apesar de excluir Passo Fundo dos locais que receberão aumento de efetivo, o edital também não garante que estes servidores sejam lotados na região. Das vagas previstas, 1,1 mil já têm destinação, o que significa que ainda haveria pelo menos 270 servidores para serem distribuídos entre as outras regiões do Estado.

Sem resposta
O comandante do CRPO-Planalto, tenente coronel Fernando Carlos Bicca afirmou que já foram feitas tratativas com o Comando Geral da Brigada Militar, porém ainda não obteve resposta quanto à solicitação. “Não tivemos a definição do comando, mas temos a esperança de realizar pelo menos dois cursos de formação na nossa região. A nossa falta de efetivo é significativa. Nas nossas tratativas com o comando, solicitamos que sejam destinadas vagas para os cursos ao menos para os nossos municípios maiores, como Passo Fundo, Erechim e Carazinho”, disse.
O comandante acredita que ao menos as maiores cidades da região recebam novos soldados. “Essas 2.000 vagas poderiam formar um cadastro reserva e assim que o Governo do Estado autorize a contratação poderão ser chamados estes outros servidores. Não sei se ainda neste ano ou no ano que vem, mas esta possibilidade existe, é um pedido da Brigada Militar ao Governo do Estado”, avaliou.

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