Escrivães e inspetores podem entrar em greve

Categoria aguarda nova proposta de reajuste salarial do Governo do Estado, que caso seja rejeitada novamente, os agentes paralisarão as atividades

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Escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil estão atuando em operação padrão nas delegacias do Estado. A medida foi tomada após a plenária das delegacias do Departamento de Investigações Criminais (Deic), que aconteceu na segunda-feira (6).
Segundo o representante do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) em Passo Fundo, Paulo Mello, esta medida faz com que os policiais executem apenas as tarefas correspondentes ao cargo que ocupa. “Os agentes estão fazendo o que é de direito, aquilo que está na lei. Até como uma forma de valorização da categoria”, afirmou.
Com a decisão da categoria em adotar apenas a operação padrão, outras mudanças devem ocorrer no cotidiano das delegacias até que a situação se resolva. As viaturas serão entregues às 18h, os agentes não planejarão operações e veículos que não estiverem em boas condições de uso não serão utilizados.
A primeira proposta salarial encaminhada pelo governo aos policiais foi a de salário inicial de R$2,3 mil até 2018. A proposta acabou sendo rejeitada pela categoria, que também recusou a proposta de R$ 3,7 mil em 2018, porém os policiais exigem R$ 8,5 mil. O governo dera apresentar nova proposta à categoria no final de fevereiro.
O principal argumento da categoria é o aumento obtido pelos delegados no início do ano. Até 2018 o salário inicial de um delegado de polícia deve chegar a R$17,5 mil. Atualmente, a diferença de salários entre um delegado e um agente pode chegar a 311%.
Os policiais também apontam para um indicativo de greve, que pode ser deflagrada a partir de março, após a apresentação da proposta salarial. “Neste caso, os inquéritos e investigações estariam comprometidos, bem como o registro de ocorrências. Infelizmente, neste caso, a comunidade irá sofrer, não gostaríamos de ter de fazer isso, não queremos prejudicar a sociedade. Queremos uma proposta razoável, que possa ser aceita. ”, explicou Mello.
Os últimos concursos para ingresso na Polícia Civil exigem curso superior, e somente em Passo Fundo, 10% do efetivo tem pós graduação. 
Em setembro do ano passado a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis divulgou uma cartilha em todo o país orientando os policiais a seguirem as sugestões e desta forma não exercendo funções que não competem a eles.
População teme a paralisação
Se de um lado os policiais reivindicam os direitos, de outro, a população teme que uma paralisação da categoria possa ser um atrativo para o aumento da criminalidade. Para um empresário do ramo de transportes, de 37 anos e que prefere não se identificar, a população merece uma polícia melhor remunerada e com melhores condições para trabalhar. “Acredito que os nossos policiais têm feito um bom trabalho, mesmo com os índices altos de criminalidade. Com uma remuneração melhor teremos profissionais mais contentes, e por consequência um melhor trabalho”, disse.  

Escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil estão atuando em operação padrão nas delegacias do Estado. A medida foi tomada após a plenária das delegacias do Departamento de Investigações Criminais (Deic), que aconteceu na segunda-feira (6).Segundo o representante do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) em Passo Fundo, Paulo Mello, esta medida faz com que os policiais executem apenas as tarefas correspondentes ao cargo que ocupa. “Os agentes estão fazendo o que é de direito, aquilo que está na lei. Até como uma forma de valorização da categoria”, afirmou.Com a decisão da categoria em adotar apenas a operação padrão, outras mudanças devem ocorrer no cotidiano das delegacias até que a situação se resolva. As viaturas serão entregues às 18h, os agentes não planejarão operações e veículos que não estiverem em boas condições de uso não serão utilizados.A primeira proposta salarial encaminhada pelo governo aos policiais foi a de salário inicial de R$2,3 mil até 2018. A proposta acabou sendo rejeitada pela categoria, que também recusou a proposta de R$ 3,7 mil em 2018, porém os policiais exigem R$ 8,5 mil. O governo dera apresentar nova proposta à categoria no final de fevereiro.O principal argumento da categoria é o aumento obtido pelos delegados no início do ano. Até 2018 o salário inicial de um delegado de polícia deve chegar a R$17,5 mil. Atualmente, a diferença de salários entre um delegado e um agente pode chegar a 311%.Os policiais também apontam para um indicativo de greve, que pode ser deflagrada a partir de março, após a apresentação da proposta salarial. “Neste caso, os inquéritos e investigações estariam comprometidos, bem como o registro de ocorrências. Infelizmente, neste caso, a comunidade irá sofrer, não gostaríamos de ter de fazer isso, não queremos prejudicar a sociedade. Queremos uma proposta razoável, que possa ser aceita. ”, explicou Mello.Os últimos concursos para ingresso na Polícia Civil exigem curso superior, e somente em Passo Fundo, 10% do efetivo tem pós graduação. Em setembro do ano passado a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis divulgou uma cartilha em todo o país orientando os policiais a seguirem as sugestões e desta forma não exercendo funções que não competem a eles.

População teme a paralisação

Se de um lado os policiais reivindicam os direitos, de outro, a população teme que uma paralisação da categoria possa ser um atrativo para o aumento da criminalidade. Para um empresário do ramo de transportes, de 37 anos e que prefere não se identificar, a população merece uma polícia melhor remunerada e com melhores condições para trabalhar. “Acredito que os nossos policiais têm feito um bom trabalho, mesmo com os índices altos de criminalidade. Com uma remuneração melhor teremos profissionais mais contentes, e por consequência um melhor trabalho”, disse.  

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